“Levaremos cerca de dez anos para que nos recuperemos completamente dos efeitos da última seca.Isto se as chuvas voltarem a cair com a regularidade que o campo precisa.O que se tem nas fazendas é rebanho em formação, diz Benício Cavalcanti ao analisar o quadro da pecuária baiana.
Médico, ex-secretário municipal de Agricultura, Benício é um dos mais importantes criadores de bovino guzerá no Nordeste do Brasil, com presença certa em quase todos os eventos da raça conhecida pela rusticidade, adaptabilidade e habilidade materna.
Este ano, pela 20ª vez, bovinos desta raça serão vendidos em leilão no Parque de Exposição João Martins da Silva, em Feira de Santana, durante a 40ª Expofeira, que acontece de 6 a 13 de setembro.
O leilão acontece no dia 12, a partir do meio-dia. Os animais são de dupla aptidão – tanto para a carne como para a produção de leite. Ao todo, os criadores levarão ao Parque 80 animais. O pagamento dos arremates foi fixado em 24 percelas.
“Eles devem ser usados para o melhoramento genético do rebanho, porque todos têm o registro definitivo da raça”, afirmou o criador Benício Cavalcanti, que é do Núcleo de Criadores de Guzerá Bahia/Sergipe.
Ele ainda disse que com base em exposições anteriores que aconteceram na região, as expectativas de bons resultados para a Expofeira são as melhores, mesmo os pecuaristas enfrentando um período financeiro conturbado e ainda sendo atingidos pelos reflexos das grandes secas passadas, que obrigaram aos criadores reduzir seus rebanho adultos.