A cultura pastoril (ou ‘civilizaçao do couro’) é bem marcante no acervo mais tradicional (ou antigo) do Museu Regional de Artes de Feira de Santana.
Na época da fundação, em 1967, Feira de Santana vivia época de ouro na pecuária.Só para ter uma idéia, no dia da inauguração, o jornalista Assis Chateaubriand criou também uma ‘sucursal’ da ‘Ordem do Vaqueiro’ que ele criara depois que havia sido Embaixador na Inglaterra. Era sempre o Nordeste que Chatô exaltava.
Essa Ordem, que encourava as pessoas (chapéu,guarda peito gibão,luvas perneira e alpercatas de couro) continuou ainda viva com o pecuarista Gil Marques Porto durante alguns anos mas depois paralisou e depois foi substituída por outra bem mais monárquica e adequada aos padrões europeus os quais eram justamente ironizados pelo irreverente jornalista.
Acima, a obra de Mário Cravo. Abaixo, a de Hansen Bahia que bem recentemente foi lembrado no jornal A Tarde como um gênio.
Voltando ao gado da Feira, não foi à toa que o MRA foi instalado onde foi um dos inúmeros ‘Campos do Gado’ em Feira. Você sabia que até na atual praça do Nordestino (onde foi enforcado Lucas da Feira) funcionou um ‘campo do gado’? Campo do Gado é como Micareta, sempre tem que mudar de lugar.
Acima, uma cena de pastoreio e sono de Vicente do Rego Monteiro, também contemporâneo de Chatô. Enfim, é ou não um acervo bem sertanejo?
Venha ver.