Um dos fenômenos musicais mais intensos em Feira de Santana é conduzido pelos sambistas da cidade. Quem se aproximar do que ocorre nas periferias verá que quase diariamente tem algum samba acontecendo em Feira. Em uma conta despretensiosa, é possível verificar a existência de mais de 10 grupos de samba ativos por aqui, tocando em estacionamentos, bares, garagens e restaurantes.
A música que estou fazendo referência tem nítida influência do samba carioca, feito por artistas como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Jorge Aragão e Martinho da Vila. Assumem também a linguagem dos grupos de samba românticos do sudeste, que tem no Exaltasamba a principal referência. Mas o grande diferencial do samba produzido em Feira de Santana é a influência do samba de roda nascido no recôncavo baiano e do samba-reggae (aquele do Olodum).
O samba “real” de Feira de Santana, o que faz o povo dançar no dia-a-dia, acaba refletindo a própria dinâmica multifacetada da cidade, apresentando fusões de diversas tradições de sambistas brasileiros.
Selecionei 4 grupos (clique aqui) importantes para explicar o samba em Feira (existem muitos outros), para que o leitor do Feirenses, se for o caso, possa começar a ter contato com esse universo musical que venho observando ultimamente. Além de sambistas, a esmagadora maioria deles são trabalhadores em outras atividades, e fazem samba por muita paixão à música.
É preciso olhar com seriedade para esse movimento: Feirenses, clique aqui