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quinta-feira, 24 de setembro de 2015 / Publicado em Home

Chicos – aquela comédia sob medida, por Caíque Marques

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chicosa...Quando soube que existia uma comédia inspirada na obra de Chico Buarque fiquei curioso pra saber como se desenrolaria isso. O espetáculo já era bastante conhecido na cidade, mas eu nunca tive a oportunidade de assistir. Não cheguei alheio ao texto porque a obra do grande e lindo mestre de olhos azuis que gagueja ao dar entrevistas já estava na minha vida desde criança. Minha mãe até hoje se emociona e chora com O Meu Guri. E olhe que eu nasci faz quase três décadas.

Com um elenco grande, além da comédia e do riso, Chicos traz bons momentos de dança e figurinos interessantes consonantes com a luz.

Uma vez ouvi outro Chico, o Anísio, um dos maiores humoristas do país, quiçá o maior, dizer uma frase de não lembro quem, mas que me marcou profundamente. Professava: O humor é tudo, é até engraçado. Chicos me traz perfeitamente essa sensação.

Denuncia a família pobre que a mulher, maltratada pela vida, pela bebedeira do marido e ainda tendo que cuidar da educação dos filhos, com toda sua brabeza que pode ser entendida como defesa, tem seus momentos de fraqueza e zelo.

O espetáculo aborda com humor delatório as tendências adolescentes da periferia, os anseios de conseguir o que o mundo capitalista oferta insistentemente de bom grado, todavia fora da realidade. A labuta diária de sobreviver em comunidade, interação dos vizinhos e a falta de privacidade dos conglomerados residenciais.

Traz à baila a questão dos filhos criados sem pai, onde as mulheres sem direito ao aborto vivem quase mortas – esperando paradas e pregadas na pedra do porto- batizando o filho com nome do salvador pra ver se a divina providência olha por ele.

Ariano Suassuna dizia que a astúcia é a coragem do pobre. O malandro tão falado por Chico Buarque é muito do pobre que precisa da astúcia pra viver. Chicos está repleto de risos da própria desgraça, da desgraça alheia e de como viver ao Deus dará pode ser tudo, até engraçado.

E quem vive no limite muitas vezes recorre a uma gelada pra refrescar o calor dos problemas cotidianos. O problema é que nesses tempos de crise de tantas naturezas, nós temos tomado todo dia – e não é cerveja. Nesse caso, a melhor solução é rir e rir, porque senão ninguém segura esse rojão.

Caique Marques

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