Mergulhado num visível processo de desmonte e exclusão o Centro de Abastecimento de Feira de Santana é reduto de resistência cultural dos hábitos e valores da feira-livre autêntica do Nordeste.
Num cenário de destruição dos espaços, a sanfona, a música, torna-se um instrumento de resistência.
Sitiadas, isoladas, invadidas, as pessoas vão se readaptando e enfrentando as adversidades.
No galpão mais pobre e estigmatizado do Centro, chamado inclusive de ‘Pau da Miséria’, é o ‘Samba de Bié’ , todas as segundas-feiras, quem resgata a dignidade e a alegria extorquidos em nome do ‘progresso’ que avança em forma de máquinas e tapumes.
A sanfona de BIÉ é um símbolo.