Da ideia e do projeto do então deputado estadual Colbert Martins Filho nasceu a Região Metropolitana de Feira de Santana, na última década do século passado.
O projeto foi acolhido pela Assembleia Legislativa da Bahia mas permaneceu engavetado até ser retomado em 2010, aprovado, e sancionado no ano seguinte pelo então governador da Bahia, Jaques Wagner (PT).
De lá pra cá, embora oficialmente existente, pouco ou nada se fez para a implantação da nova condição regional. Esperava-se que o município de Feira de Santana liderasse o processo, como polo da região, mas não houve iniciativa nesse sentido, por razões políticas óbvias.
Adversário do governador da Bahia e até então do próprio autor do projeto, o Prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM) deixou-o dormindo em sono profundo.
A Região Metropolitana de Feira de Santana envolve uma área de quase 2.500 quilômetros quadrados, abrangendo 16 municípios e uma população estimada hoje em mais de 1 milhão de habitantes.
De Dcordo com a Lei, a região inicialmente engloba seis municípios: Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe, Feira de Santana, São Gonçalo dos Campos e Tanquinho, anexando mais dez durante a segunda fase do projeto.
Com a hipótese (cada vez mais provável) do vice prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB) assumir o cargo de Prefeito com a desincompatibilização de Ronaldo para ser candidato a um cargo eletivo, no próximo mês, fica aberta a oportunidade para ele iniciar o processo de implantação da Região.
Já consta na Lei, inclusive, o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Feira de Santana, cujo objetivo é a coordenação das políticas dos municípios metropolitanos integrantes.
Essa pode ser a ”bandeira’ mais importante do novo Prefeito.
Mas não é inoportuno reiterar que Colbert só obterá êxito nessa empreitada se ”limpar’ a máquina administrativa naturalmente ‘enferrujada’ e passível de ”travar’ qualquer projeto que saia do ”quadrado’ montado por Ronaldo há 20 anos.