Estar na mesma chapa de um vereador candidato à reeleição diminui, e muito, as chances de alguém que está sem mandato ser eleito em outubro próximo.
Por isso eles não querem parlamentares com mandato nos partidos pelos quais eles vão se candidatar. Mesmo o suplente que teve boa votação tem dificuldade caso queira se filiar a um novo partido
Esses são apenas alguns dos raciocínios lógicos que surgiram com a mudança na legislação eleitoral, proibindo coligações de chapas partidárias para o poder legislativo.
A chamada ‘chapa pura’ obrigou candidatos a mudar a estratégia e uma delas foi o surgimento de grupos de pré-candidatos que, a partir de “semelhanças eleitorais” se juntam para escolher um partido que dê mais condições de elegê-los.
Em Feira, pelo menos seis desses grupos se reúnem desde o início deste ano discutindo as nuances dessa eleição. A maioria deles é formado por pessoas que já foram candidatas em outras ocasiões mas não alcançaram êxito.
O maior desses grupos na cidade é o conduzido pelo ex-deputado Humberto Cedraz, que tem ampla experiência no tema. Segundo ele próprio, cerca de 100 pessoas se reuniram com ele recentemente (foto), o que significa que Humberto ‘detém’ gente para formar chapas de candidatos a vereadores para três partidos. Cada partido pode lançar 32 candidatos.
Para os candidatos com mandato (e nesse caso serve para o Legislativo e Executivo) a ‘janela partidária’ se abre no próximo dia 5 de março e fecha 5 de abril, dando 30 dias para mudança de partidos sem risco de sofrer penalidades do Tribunal Regional Eleitoral.
Mais de 15 partidos políticos em Feira de Santana (dos 32 existentes no Brasil) vão lançar chapas para vereadores na eleição de outubro.
Isso significa mais de 500 candidatos ao Legislativo feirense, um número que ultrapassa o da eleição passada que chegou a pouco mais de 400.