Em tempos de coronavírus, soluções que ajudem na contenção do vírus são sempre bem-vindas. Se unir prevenção à sustentabilidade, ainda melhor. Em Feira de Santana, a ideia de um estudante de Engenharia Civil de criar um dispenser de álcool em gel com pedal para canteiros de obras é um exemplo disso.
Rafael Silva tem 21 anos e está no sexto semestre do curso na UNIFACS em Feira de Santana, onde desenvolveu o projeto como parte de um trabalho para a universidade. Montado com sobras de tubos de PVC, o equipamento é acionado com o pé, evitando assim o contato com as mãos, que – se contaminadas – podem levar o vírus para o organismo.
Entre os destaques da iniciativa, estão o baixo custo, já que foi produzido com material reciclado, e sua eficácia na prevenção do coronavírus. Ao levar o projeto para o canteiro de obras onde estagia, Rafael conta que teve o objetivo de testar e observar o funcionamento e o mecanismo do projeto. “Eu quis verificar a eficácia do dispenser na prática e foi um sucesso”, comemora.
O jovem explica que grande parte dos colaboradores da área da construção civil não tem acesso a equipamentos muito tecnológicos, por isso pensou em desenvolver algo simples para que pudesse ter boa adesão entre esse público.
“Eu me inspirei em outros modelos na internet e utilizei sobras de materiais da própria obra, o que possibilitou um custo menor para a produção de mais equipamentos”, afirma.
O estudante acrescenta que a ideia agora é aprimorar a resistência do material e também levar para outros canteiros de obras. Mestre na área de Petróleo e Energia, o professor da UNIFACS Feira de Santana, Nestor Gálvez Ronceros, acompanhou o desenvolvimento do projeto e parabeniza a iniciativa.
“Rafael trouxe uma boa ideia para colocar em prática, sabendo que, na obra onde estagia, muitos ainda não estavam conscientes do uso do álcool em gel”, comenta o professor. Ele destaca que os desafios lançados aos estudantes nas disciplinas dentro da UNIFACS têm promovido soluções úteis para o combate e a prevenção do coronavirus, unindo teoria à prática do conhecimento.
O professor afirma ainda que nos projetos e protótipos dos alunos, há ideias, inclusive, para desenvolver respiradores artesanais com alguns implementos que sejam de baixo custo. “Nosso objetivo é reunir todos os projetos viáveis para a execução de protótipos em laboratório e, assim, por a mão na massa”, conclui Ronceros.