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Jânio Rêgo
sábado, 29 de agosto de 2020 / Publicado em Cidade, Colunistas, Home

Cocada do Galego

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Com o tombo do Sarkis os pregadores sumiram daquela área por trás do coreto da praça do Lambe Lambe. Algum barnabé teve a ideia de levar as barracas expulsas com a interdição do edifício perto do Map para a sombra das duas falsas seringueiras da praça tirando o palco e a plateia dos enviados de Cristo e os crentes sonolentos e fiéis .

A ideia não funcionou, por ali não tem comércio, sempre foi um ponto morto entre os fundos da praça, a Sales Barbosa, com a feirinha de frutas, o ponto do ônibus.  Nem vendas, nem evangelho nem os pastores voltaram.

Ontem senti falta deles quando vinha do Shopping Centro de Abastecimento Popular, subi lentamente a ladeira da rua Recife, barriga cheia de porco cozido com cuscuz lá de Dona Nal e Machado no Galpão das Farinhas, e parei pra comer cocada. Dava pra vê-los aqui da barraca do Galego, eles com a bíblia na mão, em passadas largas de david  sobre a passarela entre os bancos que formam os jardins daquela praça também chamada de Bernardino Bahia (você escolhe).

Na história da alimentação brasileira a cocada tem lugar de destaque desde que Câmara Cascudo desbravou a gastronomia afro indígena portuguesa em suas pesquisas universais em tempos em que não haviam googles nem terraplanistas. O Galego as faz em vários sabores, como manda a mais remota tradição das mesas do litoral aos grotões. A de goiaba é minha preferida, desde quando descobri que Simon Bolivar adorava essa fruta, mas isso é outra história. Com o Galego faço a festa do reencontro pós pandêmico e tasco a pergunta já com a cocada ingressando na boca:

– Ôõ, e ainda não desceu pro shopping? 

Ele me olhou por cima dos óculos, sorriu,  espalmou a mão com os dedos abertos e balbuciou: ali são mais cinco anos….pera, desculpe, cinco meses de serviço, tem muito serviço…

E eu ia dizer alguma coisa mas chegou outro freguês e eu me esqueci agora o que era. Isso foi ontem, de volta a Feira.

Kitut, o imortal das ruas da Feira

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