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André Pomponet
sexta-feira, 20 de novembro de 2020 / Publicado em Colunistas, Eleições 2020, Home, Política

As vibrantes eleições de 1996 em Feira (2)

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Leia a parte 1, clique aqui

Como mencionei no texto anterior, em 1996 as urnas eletrônicas estrearam aqui na Feira de Santana. Boa parte dos eleitores utilizou o novo recurso, mas as cédulas de papel foram necessárias nas seções em que o equipamento não funcionou. Houve, então, a coexistência dos dois modos de apuração: a totalização acelerada e impessoal do sistema eletrônico e a contagem manual, que retardou o resultado final do primeiro turno em dois dias. 

Os votos foram contados no Feira Tênis Clube, o FTC. Nas mesas de apuração, dezenas de voluntários, recrutados pela Justiça Eleitoral, empenhavam-se na tarefa. Em volta, ansiosos, circulavam vereadores, candidatos a vereador, fiscais dos partidos e os profissionais da imprensa. Tensos, feições contraídas, alguns aguardavam o milagre de uma reviravolta. Outros – igualmente inquietos –, eleitos até ali, torciam contra qualquer mudança.

A tensão cresceu no fim da manhã da sexta-feira. Aguardava-se para, dali a alguns minutos, a divulgação do resultado final, com os dois nomes que disputariam o segundo turno. José Falcão (PPB), Josué Mello (PFL) e Colbert Martins Filho (PMDB) disputavam voto a voto. A imprensa aguardava no pavimento superior, contíguo ao salão de apuração. A equipe da Justiça Eleitoral fechara-se no espaço onde funcionava a boate, naquele mesmo primeiro andar.

De cima, via-se a militância no salão. Organizava-se em torcidas, cantava os jingles dos candidatos, gritava seus nomes, numa algazarra que reverberava lá fora. Do nada – sabe Deus de onde – surgiu o comentário que José Falcão e Colbert Filho iam se enfrentar no segundo turno. Houve muita comemoração da turma do atual prefeito; a militância do PFL ficou silenciosa, tensa com o boato, que, percebeu-se depois, era infundado.

Só que o resultado não saía. Entretido com a algazarra da militância, com as espiadelas ocasionais para entender o que se passava no espaço da boate por uma fresta na porta, não percebi o tempo passando. Lá por volta das 14 horas voltei à redação do Feira Hoje: a equipe que trabalhava à tarde assumiria o plantão e, no dia seguinte, o resultado ilustraria um encarte especial. Fiquei um pouco frustrado: imerso naquelas eleições – eu tinha só 21 anos – teria prazer especial em chegar à redação com a lista oficial.

Depois de redigir duas ou três matérias, fui para casa almoçar; tirei um cochilo curto e, no fim da tarde, fui assistir as aulas de Matemática e Estatística na Uefs porque, além de repórter, eu era calouro de Economia. No sábado pela manhã estava novamente na redação, para o plantão do fim-de-semana. Imaginava que só haveria pautas repercutindo o resultado, o rescaldo eleitoral.

Não foi bem assim. Por razões desconhecidas – que provocaram altas teorias conspiratórias, dignas de textos específicos – o resultado só foi sair no começo da noite de sábado. Mais de 24 horas depois, cheguei à redação com a lista oficial que estampou a edição do domingo. Como todos sabem, Josué Mello e José Falcão credenciaram-se ao segundo turno. Creio que poucas vezes a Feira de Santana viveu uma reta final de campanha tão eletrizante.

Aquele episódio da divulgação dos resultados rende conversa nas mesas dos bares feirenses até hoje. São muitas as interpretações para o que aconteceu; algumas, até estapafúrdias, se incorporaram ao folclore político local…

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André Pomponet
André Pomponet
Economista pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2002), mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2012), exerce o jornalismo desde 1995, quando ingressou no extinto jornal Feira Hoje. Posteriormente, atuou em outros órgãos de comunicação e foi Chefe de Redação da Assessoria de Comunicação Social da Câmara Municipal de Feira de Santana.É colunista do Blog da Feira.
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