Em longa entrevista publicada na edição de hoje do jornal Folha de São Paulo (clique aqui) o ex-governador e senador Jaques Wagner (PT) devolveu na mesma moeda as provocações do ex-governador do Ceará Ciro Gomes que disse há alguns dias que o objetivo dele era impedir o PT de ir ao segundo turno para não facilitar a reeleição de Bolsonaro.
Wagner disse ao jornal que a ideia de formar uma frente ampla para derrotar a direita de Bolsonaro continua mas que Ciro não pode estar nela depois da crítica ao PT.
O ex-governador, considerado um ‘cacique’ nacional do PT, citou os nomes do governador da Bahia, Rui Costa e o do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Leia aqui um trecho da entrevista:
Em nome de uma frente ampla, o PT está disposto a abrir mão de uma cabeça de chapa?
Wagner – Eu nunca digo não quando estou tentando construir uma aliança. Então, prefiro dizer: ‘Vamos ver quem se apresenta’. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad teve 47 milhões de votos. Eu tenho governadores do Nordeste que têm uma pontuação muito boa, particularmente três: da Bahia [Rui Costa], do Piauí [Wellington Dias] e do Ceará [Camilo Santana]. Então, tenho quadros políticos que podem ser apresentados à sociedade. Você me diz: ‘Poderia abrir mão?’. Sempre acho que poderá, vai depender da construção. Agora, se o lado de lá, particularmente um dos candidatos, critica o PT e tenta nos isolar, como depois acham que eu tenho de sair fora? Então, tudo bem, se estão isolando, mantenho a candidatura e vocês mantêm a de vocês, por isso que tem dois turnos.