Por esses corredores do Diocesano passei 10 anos da minha vida de estudante. Do pré primário de Dona Zênia (as ‘tias’ e as ‘prós’ vieram depois…) à quarta série do ginásio com aulas de padre Alcyr, dona Mundinha…numa sala de um corredor que não era esse da foto clicada no já distante 2013.
O Colégio Diocesano Santa Luzia do Mossoró é muito grande. Estudei em diversas salas. No terceiro ano primário eu estava na sala defronte à capela em construção que desmoronou-se às nossas vistas.
Nesse dia eu sentava na frente, as mãos sobre a carteira e a cabeça sobre elas, sonolento, aguardando a sirene tocar, lá fora estaria minha mãe me esperando e em casa era tirar a farda, botar o calção (as bermudas nem existiam..) e ir pra o patamar da capela de são vicente…o estrondo veio seguido da poeira que invadiu tudo impedindo a visão, ninguém sabia o que acontecera até a poeira ir baixando aos poucos e mostrando as ruínas, os pedaços de concreto amontoados e bem no meio, cravejada entre o monturo estava a cruz, em pé!
Talvez, se não fosse padre Sátiro Dantas o diretor, a cruz caída dessa maneira e o fato das crianças não estarem em horário de recreio brincando sob a construção semi acabada, tivessem sido objetos de interpretação mística…um milagre ou, como dizem hoje, um livramento…
Nada disso aconteceu. não fomos levados a orar na cruz ( o colégio era católico mas nao era piegas…) nem agradecer em orações o livramento.
E lembro, a professora do terceiro ano era dona Sônia, com eventuais aparições na classe da temida dona Naná.
Saudades do Diocesano!
Saudades do Diocesano.
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