A Câmara de Vereadores de Feira de Santana gasta maior parte do tempo e das sessões ordinárias em discutir questões de interesse pessoal dos vereadores em detrimento dos problemas reais que o Município enfrenta.
Enquanto o sistema de transporte público se deteriora a olhos vistos, e um confuso planejamento urbano é posto em prática, por exemplo, a Câmara expõe as mais espúrias práticas de fisiologismo político, com vereadores trocando xingamentos e distribuindo insultos e aberrações sobre temas que não interessam ao bem estar coletivo.
Até as CPIs instaladas foram motivadas não por um desejo sincero de abordar os assuntos temáticos mas como forma de pressão junto ao Poder Executivo para liberar demandas de interesses corporativos ou individuais. Tanto é que todas foram apenas ‘fogo-de-palha’ que se apagam ao menos vento desfavorável.
Foi completamente apática nos momentos cruciais da pandemia, vira as costas para a cultura popular e ensaia um faz-de-conta com as demandas dos feirantes e ambulantes que formam a essencialidade da vida econômica da cidade. Sem falar no desprezo aos valores e modo de vida da zona rural.
As exceções são pontuais e se diluem diante do caudal de baixarias, insultos e ameaças veladas ou não.
Difícil fazer comparações com outras legislaturas para dizer que essa foi a pior que já tivemos, mas passado quase um ano não há resposta convincente e concreta a uma pergunta trivial: o que fez essa Câmara, até agora, pelo bem de Feira de Santana?