O deputado estadual Angelo Almeida (PSB) propõe uma Frente Ampla (“seguindo o exemplo de Lula”, disse) para ganhar a eleição de 2024 e tomar o controle político-administrativo da Prefeitura de Feira de Santana que está há 21 anos nas mãos do ronaldismo. “Temos um governador que vai liderar esse processo e maturidade nesse contexto politico para pensar nessa aliança, construir uma frente ampla, para que Feira possa sair dessa situação e ter um projeto de gestão municipal”.
Angelo foi candidato a Prefeito de Feira em 2016. Foi eleito este ano com o apoio de nove prefeitos e votado em 73 municípios. O deputado do PSB neste momento está cotado para uma Secretaria no governo Jerônimo Rodrigues, da cota partidária da frente liderada pelo PT na Bahia. O BF ouviu a proposta de Ângelo em entrevista que ele concedeu nesta segunda-feira, 26, na Rádio Sociedade News.
Ângelo condenou uma “terceira via” para o caso de Feira, fórmula que também não deu certo nas eleições nacionais: “Devemos pensar é em uma grande via para Feira de Santana”, defende. Na mesma entrevista ele construiu uma grande expectativa de Feira de Santana em torno do governo de Jerônimo: o comparou ao ex-governador João Durval. “Quarenta anos depois (de João Durval) Jerônimo vai cuidar da metrópole mal cuidada”, disse, detendo-se em citar alguns dos “avanços” promovidos pelo Governo de João Durval (1983-1986) em Feira.
Na foto ele está com a deputada federal Lídice da Mata, presidente do PSB na Bahia
Nesses 21 anos, o “Ronaldismo” teve amplo apoio das gestões petistas em âmbito estadual e federal. Cito como exemplo o projeto do BRT, algo totalmente fraudulento, custoso e que trouxe prejuízo à mobilidade urbana local, onde o PT efetuou a liberação dos R$ 100 milhões, sem, ao menos, exigir que a Prefeitura cumprisse os requisitos técnicos e juridicos para acessar o recurso.
No programa Minha Casa Minha Vida, Feira também foi fortemente contemplada. Além habitações construídas fora do tecido urbano, o que provocou enorme prejuizo urbanístico e ao bem-estar dos feirenses, há quem aponte ainda que houve uso politiqueiro na seleção dos beneficiários em favor do “Ronaldismo”.
De que adianta montar uma frente ampla se o principal partido de oposição é um sustentáculo desse sistema?