Feira de Santana é uma vitrine das manifestações da cultura popular do Nordeste. De todas as artes, como a literatura de cordel, a música do forró, o repente da viola, existe, pelo menos uma amostragem, um pouco, em Feira de Santana. José Firmino, 81 anos, ou ‘Azulão da Paraiba’ , morador do bairro da Queimadinha, é talvez o único representante da Embolada ou Coco de embolada, Coco-de-improviso ou Coco de repente em Feira de Santana. A Embolada é uma arte que consiste em uma dupla de cantadores ou emboladores que, ao som enérgico e “batucante” do pandeiro, montam versos rimados, metrificados e improvisados. A dupla de repentistas de côco mais famosa do país hoje é a dos pernambucanos Caju e Castanha, que começaram crianças nas praças do Recife. Azulão há alguns anos sofreu um acidente que lhe tirou o movimento de um dos braços. Não toca mais pandeiro mas continua disposto a cantar. O folheteiro Jurivaldo Alves identificou-o ao lado do palco enquanto Luizinho e os Pé Quente tocavam forró no Mercado de Arte Popular. Eis a foto dos dois, com o CD gravado por Azulão e que está à venda na Banca de Cordel do MAP.