Presidente do Movimento de Organização Comunitária (MOC), Conceição Borges, lançou uma proposta de política pública, para o campo. em pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara, nesta quinta (23). A ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira, indicou a inclusão de disciplinas relacionadas com a agricultura, na grade curricular da Rede de Ensino. “É lamentável que não haja este incentivo, porque não vai se produzir alimento nos computadores e nas redes sociais”, afirmou, defendendo a importância da Agricultura Familiar para o abastecimento.
Conceição Borges disse que a questão da revitalização do solo é “pauta permanente, como a necessidade de reflorestamento e preservação do bioma”, sendo necessário, para tal, o devido investimento público. Ao alertar que “o solo está morrendo”, ela disse que o problema impacta diretamente na produção, bem como na qualidade dos produtos. O desgaste da terra é acompanhado de outra importante causa, conforme Conceição: o uso abusivo dos agrotóxicos, especialmente pelos grandes produtores, “veneno que acaba chegando aos alimentos”.
Conceição pediu ao poder público atenção para os problemas enfrentados pelos produtores. “Produzir alimento é mais do que uma atividade profissional, é uma missão”, disse a líder comunitária. Advertiu ainda para as condições dos rios, riachos e lagoas, na zona rural, que sofre a perda de peixes, por conta da degradação, situação que definiu como “angustiante”. Neste momento, conforme anunciou, acontece uma marcha em Brasília, em defesa de investimentos para as comunidades rurais.