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Francisco Muniz
quinta-feira, 19 de setembro de 2024 / Publicado em Colunistas, Home

Histórias da Feira de Santana

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1 – Toinho

Na Feira de Santana de minha juventude, costumávamos brincar de “baba” na quadra do Conjunto Centenário, onde o número de garotos dava pra formar tranquilamente quatro times que se revezavam, sem contar os amigos que vinham da Cidade Nova e adjacências.

Entre os locais havia Toinho, irmão de Jó, um dos craques da área. Toinho era comprido, pálido e magrelo, contrastando muito com o irmão, baixinho e bem moreno. E todo mundo tirava onda com Toinho, perguntando-lhe assim:

– Tá com amarelão, Toinho?

E ele, com ares de enfado, respondia:

– É pra quem pode!

***

2 – O trio H

Na Feira de Santana de minha adolescência, meu colega Honorato, um gaiato de nascença, recitava, nos intervalos das aulas no Colégio Estadual, poemas como este:

“Tu de lá e eu de cá

um riacho passa no meio;

tu, de lá, dá um suspiro

eu, de cá, dou um mergulho...”

Honorato, visivelmente bem mais velho que eu (nos cursos noturnos era possível ver bem essa e outras disparidades), andava em turma com Heron, filho de um militar de carreira e em trânsito na região, e Hilário, que apesar do nome era o mais sério dos três…

***

3 – Tonho

Quando meu avô Brandinho se aposentou – era hortelão na antiga Escola Agrícola de São Bento das Lajes, em S. Francisco do Conde -, ele levou a família para morar em Feira de Santana, onde estavam uma de suas filhas (minha mãe), seu genro (meu pai) e vários de seus netos.

Então passamos a conviver com Tonho, nosso tio Antonio, que só não era o caçula de Vô Brandinho porque ele tinha uma irmã gêmea. Tonho era um sujeito muito divertido e costumava fazer graça conosco, os sobrinhos, inventando personagens para si mesmo, e às vezes dizia assim:

– Meu nome é Jeremias Matias Dias, detetive particular estudado por correspondência.

Era costume de minha irmã mais nova pedir dinheiro a Tonho e ela só queria notas de cem cruzeiros. Por essa razão, Tonho a apelidou de Cem-Cem.

Eu adorava essas façanhas de Tonho, que jamais teve uma ocupação definida, cedo teve os cabelos embranquecidos e desencarnou precocemente, vitimado por um tumor no cérebro.

Mas uma coisa de seu currículo meus irmãos e eu nunca esqueceremos: ele foi, junto com outro tio, um dos melhores projetistas do Cine Santanópolis, que depois se transformaria em Cine Timbira, e com ele entrávamos ali sem pagar…

Francisco Muniz é jornalista, graduado na UFBA, turma de 1984. Mora em Salvador.

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