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André Pomponet
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025 / Publicado em Colunistas, Home

Elon Musk no céu da Feira?

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“Uma duas, três, havia mais de cinco estrelas no céu”. A frase está no romance Vidas Secas, do escritor alagoano Graciliano Ramos. A personagem, Fabiano  – “Um bruto, sim senhor” – examina o céu, farejando chuva. O trecho do romance veio à memória ontem. Examinando o céu feirense – hábito adquirido ao longo da pandemia – observei um fato pitoresco.

É bom registrar que, bem a oeste, na orla do céu, raios amarelavam as nuvens. Mas no meio da amplidão havia um largo espaço limpo, estrelas cintilando.

Foi ali que observei: luzes distantes, opacas – pareciam estrelas longínquas – deslocando-se pelo céu, lentamente, numa única trajetória. Apareciam, cortavam o céu à mesma velocidade e, mais à frente, sumiam sobre uma nuvem. Contei cinco ou seis, num intervalo curto. Pareciam se deslocar a uma altura enorme.

Não eram estrelas cadentes, nem corpos celestes, nem aeronaves, muito menos drones. O que seriam? No movimentado céu feirense daqueles instantes, surgiram as luzes de dois aviões – um deslocando-se para o oeste, o outro se afastando em direção ao sudeste – e, por fim, mais uma daquelas luzes, agora tomando o rumo contrário das anteriores.

Noutros tempos, poderia até especular um desfile de naves extraterrestres, quem sabe? Mas, no mundo vertiginoso da Internet, o mistério se desfez após alguns cliques. Provavelmente trata-se de satélites, que se deslocam pelo espaço a impressionantes 550 quilômetros de altura. Talvez sejam da Starlink, a empresa do bilionário Elon Musk.

O fato não é tão incomum. Uma despretensiosa pesquisa mostra que já foi observado ano passado no Piauí e no Rio de Janeiro. O céu, portanto, anda congestionado. Antigamente viam-se estrelas cadentes, as luzes de corpos especiais desintegrando-se ao entrar em contato com a atmosfera do planeta. Hoje, pululam satélites. O capitalismo alcançou o espaço.

A luz emitida por esses equipamentos, aliás, assemelha-se às daquelas estrelas bem miúdas, distantes, que contracenam como coadjuvantes com os corpos celestes mais robustos. São pálidas, melancólicas. Diria até mecânicas. Quem imaginaria: o céu, de fato, já não é mais o mesmo. A lua, o sol, as estrelas – estrelas de fato – agora, compartilham seu protagonismo com o Capital.

Quem vive garimpando apocalipse, aliás, talvez tenha razões adicionais para apostar no final dos tempos com esta novidade. Afinal, está lá no Evangelho de Lucas 21:25: “Então haverá sinais estranhos nos céus, sinais no sol, na lua e nas estrelas”. Será que tem a ver?

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André Pomponet
André Pomponet
Economista pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2002), mestre em Administração pela Universidade Federal da Bahia (2012), exerce o jornalismo desde 1995, quando ingressou no extinto jornal Feira Hoje. Posteriormente, atuou em outros órgãos de comunicação e foi Chefe de Redação da Assessoria de Comunicação Social da Câmara Municipal de Feira de Santana.É colunista do Blog da Feira.
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