Portaria do Ministério da Justiça publicada semana passada estabelece as normas sobre diretrizes, composição, organização e funcionamento do Observatório da Violência Contra Jornalistas. A organização vai atuar no monitoramento e criação de um banco de dados de ocorrências e será um canal de diálogo entre profissionais da área e o Estado.
A violência contra jornalistas ganhou mais um capítulo este ano quando Natália Portinari, colunista do UOL, pediu informações ao deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e foi xingada pelo parlamentar. A jornalista questionou o fato de o congressista ter alugado uma casa de luxo, em Trancoso (BA), de um empresário denunciado por corrupção.
Si te esse fato a ABI publicou nota de solidariedade à jornalista Natália e assinalou que os jornalistas jamais esquecerão o dia 1º de janeiro de 2019, quando Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República e instalou um período de humilhações e total desrespeito pelo outro, principalmente se esse outro era um jornalista profissional e, pior, uma mulher jornalista
A Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), órgão do ministério ao qual o observatório está vinculado, aponta que os objetivos serão monitorar ocorrências, sugerir políticas públicas, apoiar investigações e criar um banco de dados com indicadores sobre os casos.
A composição do observatório será feita por representantes de diversas secretarias do Ministério da Justiça e por 15 membros da sociedade civil com atuação comprovada na defesa da liberdade de imprensa e no combate à violência contra comunicadores.
Foto: Abraji