
O futebol baiano e, em especial, o de Feira de Santana, perdeu, na última semana, uma de suas figuras mais queridas e respeitadas. Aos 71 anos, Benedito Almeida Filho, conhecido por todos como Bené, faleceu e foi sepultado no Cemitério Celestial, onde amigos, familiares e admiradores prestaram as últimas homenagens a um homem que dedicou sua vida ao esporte e à construção de amizades duradouras.
Bené, embora tenha começado sua carreira em times amadores, sempre teve um amor incondicional pelo futebol. Sua trajetória no esporte começou cedo, e ele se destacou como um atacante rompedor, conhecido pela sua velocidade e habilidade, tornando-se um verdadeiro pesadelo para as defesas adversárias. Ele teve a oportunidade de jogar por times do futebol baiano e nacional, como Fluminense de Feira, Humaitá, o Alto Esporte da Paraíba, e também integrou as categorias de base do Flamengo.
No entanto, foi no futebol amador que Bené fez história e conquistou o coração de todos que o conheceram. Ele defendeu equipes como a Seleção de Feira de Santana, Santa Bárbara, Internacional de Irará, e Serra Preta, entre muitos outros. Onde passava, Bené deixava não só gols e títulos, mas também uma legião de amigos e admiradores. Sua simplicidade e carisma eram características marcantes, tornando-o não apenas um grande jogador, mas também um ser humano excepcional.
O começo de sua carreira no futebol amador se deu em times como o Santa Cruz de Fernando e o Zebra, equipes que foram os alicerces de sua jornada e que moldaram a sua paixão pelo esporte.
Segundo seu grande amigo Pedro Justino, que foi responsável pela sua contratação para o Humaitá, Bené deixa uma lacuna irreparável no futebol feirense e, mais importante, no coração dos amigos. “Estou muito sentido com a morte de Bené, o futebol feirense está de luto. Ele vai deixar saudades não só como atleta, mas como um amigo leal e verdadeiro”, afirmou Pedro, com um olhar emocionado.
Bené, o primeiro agachado da esquerda para a direita no ataque do Fluminense de Feira.
Bené veio de uma família de atletas. Seu irmão Tonho Novais, que também brilhou no Fluminense de Feira, e o falecido Carlos Alberto (Alemão), que também nos deixou precocemente, formavam um trio que se destacou no futebol local.
Além de sua trajetória no futebol, Bené também se destacou como empresário no ramo de móveis populares, com sua própria equipe comercializando seus produtos nas feiras livres de Feira de Santana e região. Apesar de ser um homem de negócios, Bené nunca se esqueceu das suas raízes humildes e da importância de estar próximo das pessoas, conquistando não só o sucesso profissional, mas também o carinho e a admiração de todos ao seu redor.
Em depoimentos emocionados, o radialista e amigo Valter Vieira ressaltou o que fazia de Bené uma pessoa tão especial. “Perdemos um grande amigo. Com sua simplicidade, ele contagiava todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Ele será eternamente lembrado por sua generosidade e pelo seu amor ao futebol”, disse Valter.
A partida de Bené deixa uma enorme saudade e um vazio no futebol e nas vidas de todos que tiveram a chance de cruzar seu caminho. Sua contribuição ao esporte e às amizades será sempre lembrada e valorizada, pois Bené não era apenas um craque no campo, mas, acima de tudo, um ser humano de alma pura, que viveu para fazer o bem e construir laços de amizade duradouros.
Seu legado permanecerá vivo nas memórias e histórias contadas por todos que o conheceram, e o futebol da Bahia, especialmente o de Feira de Santana, nunca esquecerá o “Terror das Defesas”, como ele era carinhosamente chamado.
Descanse em paz, Bené.