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Uanderson Franco Barbosa
quinta-feira, 3 de abril de 2025 / Publicado em Cidade, Colunistas, Destaques, Home

“Andar de bicicleta em Feira de Santana é uma loucura”

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A política de mobilidade urbana no Brasil é direcionada ao automóvel, e não é difícil imaginarmos o carro como o “rei das vias”, bem como o leão sendo considerado o “rei” da selva. Constituindo a bicicleta um meio de transporte vulnerável nessa disputa, como afirma o entrevistado:
Rapaz, andar de bicicleta em Feira de Santana é uma loucura, viu. A gente não tem o devido espaço para gente e a gente está sempre travando uma luta entre os carros, motos, entendeu. A gente não tem um espaço da gente e se torna muito perigoso andar de bicicleta em Feira de Santana. Fizeram um projeto de ampliação dos passeios, mas não tem demarcação nenhuma e isso deveria ser olhado.

Atualmente, diversas vias públicas de Feira de Santana são lugares hostis onde alguns
condutores querem exercer seu poder e/ou “habilidade” atrás de um volante ou guidão. Vale dizer que, as ruas e avenidas de Feira de Santana não são mais um espaço de privilégio dos ricos, mas um espaço de disputa, comparando-se a um octógono de MMA, que diariamente acontecem acidentes. Isso significa dizer que os ciclistas têm “que prestar muita atenção no trânsito, pois o pessoal grita, te xinga, fica falando um bocado de besteira, aquela buzinada, freia em cima de você. É um pouco complicado, tem uns que não respeita você”

A política automobilística promovida no Brasil exerce uma cidade “poluída, congestionada,
individualista e hostil para com modos não motorizados de deslocamento; oferecer alternativas ao automóvel é fundamental para reverter tal quadro e se construir uma cidade mais humana e democrática” (Bastos; Mello; Silva, 2017, p. 82), enquanto a bicicleta continua à margem da infraestrutura urbana em várias cidades, como Feira de Santana, mesmo que o plano de mobilidade urbana de Feira de Santana de 2018 reitera a qualidade do transporte bicicleta.

Conforme Junqueira (2015), o aumento numérico de automóveis nas ruas representa
consequências negativas, embora reconhecidas, mas mal corrigidas e refletem, entre outras
causas, em maior congestionamento, poluição, segregação e acidentes. Para Santos (1982), no Brasil, a distribuição dos transportes modernos é desigual, desequilibrando o desenvolvimento territorial dos municípios, e poucos pontos foram beneficiados, sendo atribuída à ampliação de privilégio social e de uma economia de contato estrangeira de indústria e comércio.

(O texto acima é um trecho da dissertação de mestrado CLASSE TRABALHADORA E O USO DA BICICLETA: UM DEBATE
SOBRE A MOBILIDADE URBANA NA CIDADE DE
FEIRA DE SANTANA–BA)

ilustração: foto da tela de Laercio Eugênio: “Menina de bicicleta”

Uanderson Franco Barbosa é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Feira de Santana, especialista em Planejamento Territorial e desenvolve pesquisa na área de mobilidade urbana por bicicleta, participação popular e desenvolvimento territorial sustentável

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