
Em um Carnaval de Salvador, Clarindo Silva, o esbelto jornalista dono da Cantina da Lua, no Centro Histórico, foi o Rei Momo da festa da capital. Houve alguns protestos mas nada que abalasse a realeza do mestre Clarindo, uma figura popular e notória na Bahia. A Micareta de Feira este ano, guardadas as evidentes diferenças, fez semelhante ao Carnaval soteropolitano e rompeu também com o padrão que se convencionou para um Rei Momo: ser gordo.
Em Feira, diferentemente de Salvador, o protesto se ouviu no mesmo dia, partido de um ex-Rei Momo da festa, que também disputou o título e perdeu para Danilo Pereira de Jesus, um jovem de 26 anos, morador no bairro da Mangabeira, e nascido no Candeal II, no distrito quilombola da Matinha.
O candidato insatisfeito, conhecido como “Dilsinho Rei Momo”, esteve no posto real por mais de cinco anos em Feira, tendo sido impedido de concorrer após portaria de um secretário de Cultura acabando “reeleição” de Rei Momo na Micareta.
Com a volta de Zé Ronaldo à Prefeitura, Dilsinho voltou a concorrer, mas, derrotado, esbravejou, em vão, contra o resultado. Mas quem conhece o ex-Rei, sabe que ele pode provocar, a qualquer momento e até mesmo durante a Micareta, um protesto, realmente, barulhento.