
Caro Jânio, eu tô vivendo
Dias de luta e de glória
Na centenária Queimadas
De Conselheira memória
Onde também Lampião
Escreveu com perversão
Nas páginas de sua história.
Estou por cá aprendendo
Enquanto sou professor
Onde também fui aluno
Quando era agricultor
A educação venceu
E seu amigo aprendeu
A semear seu valor.
Eu sigo morando em Feira
Mas toda semana venho
Pras bandas desse sertão
Onde feliz me embrenho
Pra torná-lo mais fecundo
Gerando jovens pro mundo
Com talento e muito engenho.
Santo Antônio das Queimadas
Por aqui é festejado
A lavagem é tradição
Um rebuliço danado
E a estátua de um vaqueiro
Lembra seu bravo guerreiro
Que nunca foi derrotado.
A velha estação de trem
É seu rico monumento
Na linha férrea deslizam
A história e o pensamento
O Itapicuru, a ponte…
Em todo canto há uma fonte
De farto conhecimento.
Romildo Alves é poeta, cordelista e professor