Para o antropólogo Washington Queiroz a ‘tirania cultural’ que ‘rejeita, exclui, e desconhece’ o valor cultural do Sertão ainda continua presente na política cultural do governo do Estado da Bahia.
Queiroz é um dos principais responsáveis pelo registro do ‘Ofício de Vaqueiro’ como patrimônio imaterial da Bahia, fato que concretizou-se no ano passado, durante a Celebração das Culturas dos Sertões, realizada em Feira de Santana.
Apesar desse avanço, na Bahia, segundo ele, ainda prepondera ‘uma espécie de cegueira que leva a uma tirania que, reconhece só o seu passado colonial em torno da Baía de Todos os Santos’.
Washington participou de uma mesa redonda sobre o assunto, na 6ª Feira do Livro, quando relatou o ‘esforço pessoal’ para convencer os gestores culturais a institucionalizar o ‘Ofício de Vaqueiro’.
Para ele ‘o ofício de vaqueiro – que é um símbolo nordestino e brasileiro – é o grande responsável pela criação de um abrangente acervo sociocultural’. O antropólogo está lutando agora pelo reconhecimento nacional da figura do vaqueiro nordestino.