A Lagoa Grande, que antigamente abasteceu d’água a cidade de Feira de Santana, está praticamente ‘salva’ com as obras de urbanização projetada que finalmente estão sendo feitas no entorno dela.
Mas a Lagoa Salgada, Governador, está à mercê da natural ganância por espaços, terras e patrimônios que o bicho homem cultiva e logo poderá desaparecer.
A Lagoa Salgada é esta à qual o Senhor estará próximo ao visitar a avenida Nóide Cerqueira, nesta quarta-feira, em Feira de Santana.
Feira de Santana, Excelentíssimo, só não se chama de Feira dos Olhos D’Água por que aqui também a Santa Igreja foi madre poderosa.
Pois a história das gentes e bichos aglomerando-se por esta região confunde-se com a geografia das águas que por aqui brotam e rolam.
Lagoas, nascentes, olhos d’água, até um rio, diz a lenda popular, passa roncando por baixo da terra, exatamente ali atrás da igreja Matriz de Nossa Senhora Sant’Anna onde hoje fica o Feiraguai.
.É uma rica e surpreendente situação hidrográfica a da Feira, Governador.
Mas muitas lagoas morreram, nascentes tamponadas, riachos interrompidos. A mais famosa das falecidas lagoas é a do Prato Raso, que começou a morrer com a reurbanização da avenida José Falcão da Silva, na entrada Norte da cidade.
A Lagoa Salgada, Governador, vai ter o mesmo destino do Prato Raso se não forem tomadas medidas específicas de utilização e preservação. Agora. Já.
A Avenida Nóide Cerqueira valorizou as terras mas também inflacionou a ambição e o poder de destruição.
Salve a lagoa, Governador.
Atenciosamente,
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