Para a professora Ana Maria Fontes dos Santos, da Universidade Estadual de Feira de Santana, o nome do ex-vereador Joselito Amorim (UDN) no Ginásio Municipal de Feira de Santana foi colocado ‘para silenciar a memória incômoda’ do governo de Chico Pinto, destituído pelo Golpe Militar em 1964.
A opinião da professora foi emitida em tese de pós-graduação na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, intitulada “A Gênese do Ginásio Municipal de Feira de Santana (1963-1964): história e Memória”
“O Ginásio Municipal, uma das conquistas das lutas empreendidas pela representação da esquerda política do município, vitoriosa nas eleições de 1962 , é, contraditoriamente, em 1966, “homenageado” com o nome de um dos políticos enfileirados na UDN, que, no momento imediatamente anterior, assumiriam a posição de combatentes contrários àquelas lutas e na preservação dos interesses privados na área de educação”.
O trabalho conta a história do nascimento do Ginásio Municipal e as articulações feitas pelo então presidente da Câmara de Vereadores, Joselito Amorim para impedir.
“A implantação do ginásio municipal apresenta-se como um dos principais percalços para os udenistas, que o protelaram até quando lhes foi possível (…). A Câmara de vereadores, sob a presidência de Joselito Falcão Amorim, resistirá,como uma espécie de batalhão de choque”.
O professor Joselito Amorim fez 100 anos no ano passado, mora em Salvador. Chico Pinto morreu em 2008. A defesa do trabalho acadêmico foi feita em 2000.
Foto: IBGE
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