A Câmara de Vereadores de Feira escreveu ontem uma das páginas mais lamentáveis da democracia baiana e feirense, ao impedir um pronunciamento de um deputado federal em seu recinto.
Mesmo que o deputado Fernando Torres (`PSD) não fosse um legítimo, e bem votado, representante da região de Feira de Santana, o ato proibitivo por si só já mereceria a condenação do cidadão consciente.
Ex-vereador de Feira, ex-deputado estadual e agora deputado federal, Torres não podia nunca ser tratado daquela forma.
É quase um consenso que essa legislatura da Câmara de Feira é uma das mais destrambelhadas que se tem notícia nos últimos 10 anos.
Mas o que é pior e assustador até, é que a sucessão de ‘pequenos escândalos’, suspeitas de irregularidades e fraudes políticas tem na Presidência da Casa o seu maior foco de origem.
A condução da Casa pelo vereador Justiniano França (DEM) se pauta pelo estímulo a um corporativismo barato, um ‘espírito de corpo’ que isola a Câmara do resto da população, com demonstrações de autoritarismo, provincianismo e egocentrismo.
É triste ver que alguns vereadores, por conveniência ou ingenuidade, têm se deixado levar pelas ‘insanidades políticas’ desse Presidente, o pior que a Câmara já teve nos últimos anos.
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