Nas entrelinhas, o deputado Marcelo Nilo (PDT), admite que seu adversário na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa será mesmo o petista Rosemberg Pinto, líder deste partido na Casa. Sobre a provável candidatura Alan Sanches (PSD) não vê espaço.
Nilo não fala isso abertamente, mas, sabe que se Rosemberg tem o sinal verde para articular sua candidatura, isso só poderia ter sido dado pelo governador eleito, Rui Costa.
Na Assembleia, ainda é cedo para se ter uma ideia mais aproximada do que poderá acontecer lá no mês de fevereiro 2015, quando será realizada a eleição da Mesa, porém, desde já o sentimento na Casa é de que Marcelo, se mantiver a candidatura, terá a sua eleição mais dificil. Ele acha que não.
O sentimento de alguns deputados, inclusive da oposição, bancada que ainda não se manifestou sobre o pleito, é de que a candidatura de Rosemberg tem o apoio de Rui Costa ainda que o governador, como se sabe no mundo da política, não apoia nenhum dos candidatos de público. Nos bastidores, no entanto, a história é outra.
Para Rui e Otto Alencar, senador eleito pelo PSD e que elegeu uma grande bancada na Assembleia, todos os candidatos – até o sgt Isidório, do PSC; e Luiza Maia, do PT – são seus candidatos porque integram a base governista. Nos bastidores da política, no entanto, a conversa é outra e Marcelo precisa ter o apoio dessas personalidades coroadas para reeleger-se como teve em seus 4 mandatos consecutivos, o apoio de Wagner.
Mas Marcelo também tem força política para enfrentá-los, desde que assim o queira, na medida em que, se bater chapa com Rosemberg, seria o mesmo que bater chapa contra Rui e Otto. De quebra, com Wagner, ainda que este, em 2015, esteja atuando noutra órbitra e terá seus problemas particulares de governança do governo Dilma para resolver.
Para tanto, Nilo precisaria construir uma chapa com apoio de deputados da oposição (19 a 22), alguns dos quais, integrariam posições de destaque na Mesa, a vice-presidência e/ou a secretaria geral. Só que essa tese vale pros dois candidatos. Hoje, por exemplo, Rosemberg conversou muito com Carlos Geilson (PTN)
É como o próprio Marcelo disse hoje ao BJÁ: “Vai ser uma guerra e exigirá muita paciência de minha parte”. E fechou: “Minha candidatura é irrevogável”.