O grande estadista Otavio Mangabeira já dizia: “Pense num absurdo, na Bahia tem precedente.” Acredito eu, que começa por Feira de Santana.
No final do segundo mandato do prefeito José Ronaldo foi entregue à população alguns viadutos, isto faz pouco mais de cinco anos.
É fácil constatar que inicialmente serviram bastante para resolver alguns problemas de trânsito, mas devido ao mau planejamento, hoje são insuficientes para atender com desenvoltura o fluxo de veículos da cidade.
Foi construído em apenas uma pista para cada lado, afunilando as vias que possuem três ou até quatro pistas, engarrafando constantemente nos horários de maior movimento a Maria Quitéria com Av. de Contorno, a João Durval com Getulio Vargas e agora quando começou a operar a Noide Cerqueira, aquele que corta a Avenida de Contorno, além de estar com depressão nas duas cabeceiras, sempre está congestionado nos dois sentidos.
Mas o que mais me intriga é que em qualquer lugar do mundo os viadutos são construídos para evitar cruzamentos, conseqüentemente, são retirados os semáforos, que impedem que o trânsito siga o seu fluxo normal.
Aqui na Princesa do Sertão quando construído o viaduto que cruza a João Durval com Getúlio Vargas foi colocada uma sinaleira nos dois sentidos e agora depois de cinco anos retiraram, colocaram cones provisórios, quando deveriam ser feitos recuos nos passeios da floricultura e da igreja ou desapropriado parte do terreno.
Para piorar a situação, à cem metros do viaduto, exatamente no Ponto do Zequinha, está sendo construindo cruzamento com sinaleira e tudo, enfim, o viaduto José Joaquim Lopes de Brito tem pouca utilidade.
Não custa nada sugerir ao prefeito José Ronaldo que contrate um bom engenheiro com especialidade em trânsito, para que com todo o conhecimento profissional realize obras planejadas, evitando custos desnecessário em obras que tenham utilidade apenas por poucos anos e que provavelmente, com o desenvolvimento da cidade, sejam necessária a implosão.
Está mais do que provado que o barato, sem estudos, organização e planejamento sai caro e, pior, refazer sai mais oneroso.
Marilton Carvalho
Administrador de Empresas – marilton@alicrim.com.br