Com as mudanças urbanas de Feira de Santana na década de 70, ou seja, a saída da feira livre do centro da cidade e a industrialização no sentido da BR-324, CIS, uma urbanização requintada surgiu entre a elite feirense, formada então por um misto de comerciantes bem sucedidos e fazendeiros em estado de falência.
Além das casas de arquitetura ousada e progressista nos bairros nascentes da cidade comercial de Feira de Santana, como a Santa Mônica e o Capuchinhos, o empreendimento do arquiteto Amélio Amorim no final daquela década se destacou principalmente pelo ‘inusitado visual’ criado com a implantação da famosa Boate Jerimum, ou Abóbora, ‘plantada’ na margem da avenida Presidente Dutra.
Ao lado da boate, o Restaurante Carro de Boi, com suas indisfarçáveis linhas do telhado em madeiras escuras e trabalhadas pelo artesão Gastão, o salão ornamentado com as figuras imaginárias do nordeste, inclusive plantas e ornamentos rústicos também de couro.
Mas, muito ao contrário da Boate, que é um Jerimum podre e em ruínas,o Restaurante está intacto na sua modernidade e funcionalidade.Hoje o Restaurante anda bem resguardado por estroncas e escoras que conservam o madeirame de lei que Amélio escolheu a dedo.
Em gestões idas já fui a exposições por lá. Mas hoje também está sem serventia, como o velho Jerimum soturno que estigmatiza e agoura aquele Centro Cultural.