Com mais da metade do terceiro governo concluído, o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho (DEM) enfrenta talvez o seu pior momento à frente do Executivo.
Nos dois primeiros mandatos Ronaldo administrou a máquina pública feirense em um ‘céu de brigadeiro’.Nenhum obstáculo.
Agora a situação mudou.Além de não ter renovado o estilo de gestão, o que levou o governo a uma saturação administrativa que se reflete na queda de popularidade, Ronaldo enfrenta o poder da Defensoria Pública da Bahia.
Com funções ampliadas e um corpo funcional mais valorizado, a Defensoria Pública da Bahia ocupou o espaço vago deixado por certa leniência do Ministério Público em relação aos governos de Ronaldo.
Provocada, a Defensoria Pública envolveu-se no controvertido projeto de BRT na avenida Getúlio Vargas e agora colocou também ‘o pé no pescoço’ do Prefeito no projeto de um shopping popular que seria o início do fim do Centro de Abastecimento, um equipamento que é ‘a cara’ da cidade.
Por solicitação da Defensoria, o IPAC emitiu esta semana um parecer técnico colocando o Centro de Abastecimento como imprescindível à manutenção da ‘identidade’ da cidade e da região.
O documento não tem poder impeditivo mas de argumentação jurídica para impedir a construção do shopping na área do artesanato, como quer a Prefeitura.
Ronaldo está ‘acuado’ pela Defensoria.Mas é uma ‘raposa velha’ e a qualquer momento pode ‘romper o cerco’.Ou não.