A ordem de serviço da construção do Shopping Popular foi assinada ontem, no Paço Municipal Maria Quitéria, pelo prefeito José Ronaldo (DEM) mas a data do início da obra ainda não foi definida.
Lançado em 2013, o projeto do Shopping Popular está inserido no que o Governo municipal chama de ‘Pacto de Feira’, segundo ele um “projeto voltado a promover e requalificar o Centro Comercial” da cidade.
O projeto prevê o acolhimento de cerca de 2 mil comerciantes ambulantes que atualmente se encontram pulverizados com suas barracas pelas ruas centrais do comércio local com a construção e administração feita pelo ‘pool’ de quatro empresas lideradas pelo empresário mineiro Elias Tergilene, idealizador dos shoppings Uais no sudeste do país.
Festejado ontem como ‘o rei dos shoppings populares’, Elias Tergilene, segundo o secretário Borges Junior, trará “todo o conceito e o know-how que envolvem o equipamento comercial”. A construção do shopping deverá ser feita através de uma PPP (Parceria Público-Privada).
Marcelo Alexandrino, presidente da Associação Comercial, sublinhou a importância que a implantação do Shopping Popular trará à reorganização do centro da cidade, ao adequar os vendedores ambulantes ao projeto de requalificação do comércio feirense. Alexandrino é um obstinado defensor da ‘expulsão’ dos camelôs do centro.
– Sobretudo ganhará o comércio da cidade, que terá as suas áreas organizadas —, disse Alexandrino.
O presidente da Associação Feirense dos Vendedores Ambulantes, Robson Leite, invocou a proteção divina quando falou.
– Teremos um futuro brilhante nesta grande obra do comércio de Feira, disse, entusiasmado.
Já o prefeito José Ronaldo mais uma vez quase se derrama em lágrimas. Não chegou a chorar, mas ‘visivelmente emocionado’, fez uma retrospectiva de todo o processo que envolveu a formatação do equipamento orçado em R$ 55 milhões, e falou de “pressões” que teria sofrido dos vários segmentos relacionados ao projeto.
– O nosso maior trabalho foi respeitar os camelôs e respondê-los com educação. São milhares de pessoas que vão tirar a sua sobrevivência deste projeto, que tem de ser bem tratado por todos, não apenas pelo poder público — disse Ronaldo.