O Estado da Bahia foi o grande vencedor no leilão de energia de reserva promovido pelo Governo Federal hoje (13.11.2015), que contratou 1.477,5 megawatts em usinas eólicas e solares.
A Bahia conquistou 24 dos 53 empreendimentos distribuídos em 9 estados, demandando cerca de R$ 2,8 bilhões em investimentos, sendo R$ 2,2 bilhões em energia eólica e R$ 687 milhões em energia solar. As usinas solares e eólicas começam a produzir energia em 1º de novembro de 2018. O contrato tem prazo de duração de 20 anos.
Entre os vencedores, pelo lado das usinas eólicas, aparecem a EDP Renováveis, com cinco parques em Morro do Chapéu e produção de 140MW; a Rio Energy com oito usinas, em Morro do Chapéu, e produção de 176MW; o Consórcio VBD, também em Morro do Chapéu, com 117MW, e a espanhola Gestamp, com potência de 20MW em Juazeiro, no Vale do Salitre. O valor do investimento ultrapassa a casa de R$ 2,2 bilhões.
Entre os empreendimentos solares em território baiano, destaca-se a norte-americana SunEdison, com quatro parques em Juazeiro, no Vale do São Francisco, com potência de 119,34MW, representando investimentos de R$ 488 milhões; o Consórcio Remanso, em Remanso, com 30MW de potencia e investimentos de R$ 118,5 milhões; e o Consórcio Vila Renovável, em Bom Jesus da Lapa, potencia de 20MW e investimentos de R$ 79,4 milhões.
“A Bahia, mais uma vez, foi a grande beneficiada neste novo leilão da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ficando com 90% da potência comercializada. Temos os melhores ventos e temos um sol radiante, mas a determinação do Governo da Bahia em organizar a cadeia produtiva das energias eólica e solar continua. E vencer o leilão aumenta ainda mais a nossa responsabilidade em acelerar as licenças ambientais e facilitar a logística”, destaca Jorge Hereda, secretário de Desenvolvimento Econômico.
Economia para consumidores – O leilão obteve deságio de 15,35% ante o teto fixado, o que representa uma economia de R$ 4 bilhões para os consumidores, segundo a CCEE, que organiza a licitação.No caso das eólicas, o preço médio por MWh foi de R$ 203,46; nas usinas fotovoltaica, foi de R$ 297,75.
A energia futura contratada representa um acréscimo de cerca 2% da carga média diária atual do sistema, de cerca de 60 GW. Hoje, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a energia eólica e solar respondem, juntas, por 4,82% da geração de energia do sistema. O objetivo do leilão, conforme o governo, é aumentar a segurança do fornecimento de energia elétrica no país e reduzir os riscos de desequilíbrio entre a oferta e a demanda.
Geração eólica – A Bahia, com 505 MW médios, é o terceiro maior produtor de energia eólica do país, mas apresentou um crescimento de 123% em relação ao ano passado. O Rio Grande do Norte é o principal produtor, com geração de 1.014 MW médios, montante 91% maior do que o registrado no ano passado. Em seguida vem o Ceará com 802 MW médios (+29%). O Rio Grande do Sul, com 422 MW médios (+63%), ocupa a quarta posição.
A geração de energia pelas usinas eólicas do Sistema Interligado Nacional alcançou 3.065 MW médios em setembro, número 64% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram produzidos 1.870 MW médios, segundo a CCEE.