A Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) da região Nordeste organizou, durante a semana passada, a “Caravana Socioambiental de visitação às obras da transposição do Rio São Francisco”.
A caravana percorreu todo o trajeto das obras do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF), passando pelos quatro estados envolvidos (CE, RN, PE e PB) e reuniu cerca de 120 pessoas entre bispos, padres, representações de pastorais e movimentos sociais, além de órgãos de Governo.
Para Dom Jaime Rocha, Arcebispo de Natal, “precisamos agora nos centrar na humanização do projeto”, afirmou, resumindo o pensamento dos religiosos sobre a transposição.
Segundo ele, a obra eleva o brasil como um país detentor de um processo tão sofisticado, tecnicamente falando, na busca por soluções para a crise hídrica. Agora é o momento de avançarmos por essa outra dinâmica, concluiu Dom Jaime.
O “Velho Chico” – O rio São Francisco, chamado carinhosamente de Velho Chico, possui aproximadamente 2.830 quilômetros de extensão. Sua nascente está localizada na Serra da Canastra, em Minas Gerais. Seu curso natural inclui os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, atingindo sua foz no Oceano Atlântico. Porém, o projeto de transposição do São Francisco irá interferir no trajeto do rio, fato que tem gerado muitas discussões sobre a rentabilidade da obra.
O projeto de Transposição do rio São Francisco é a mais relevante iniciativa da Política Nacional de Recursos Hídricos do governo federal. Os objetivos são garantir a segurança hídrica para 390 municípios no Nordeste Setentrional, onde a estiagem ocorre frequentemente, beneficiando mais de 12 milhões de habitantes nos Estados de Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.