Na manhã desta quinta, 10, a diretoria da APLB Sindicato – Feira e a categoria da rede estadual realizaram uma manifestação em frente ao Núcleo Regional de Educação – NRE 19 (antiga Direc) na avenida Presidente Dutra em Feira de Santana. Eles protestaram contra o corte que o Governo autorizou do benefício do “Difícil Acesso”
Tatiana Queiroz é Professora no Colégio Estadual de Jaguara e percorre cerca de 36 km de estrada de chão até o trabalho. Ela está entre os 500 professores que tiveram o benefício do Difícil Acesso cortado no Estado.
De acordo com a educadora que leciona para estudantes do Ensino Médio, desde janeiro seu benefício foi suspenso e até o momento não houve ressarcimento dos valores. Para ela, atuação da APLB Feira tem sido crucial para a devolução dos valores confiscados.
“Não recebi os 30% em janeiro nem fevereiro e meu nome não saiu em folha adicional até hoje. O movimento ganha força com o apoio do Sindicato e também reflexo na sociedade. Acho que infelizmente precisamos fazer barulho e mostrar que estamos prejudicados com a perda do difícil acesso até mesmo porque trabalhamos em condições péssimas. Mas, o apoio da APLB é o que vai fazer nosso movimento dar certo para que venhamos obter nossos resultados e ter o difícil acesso reposto”, destacou Tatiana Queiroz.
O Professor no Colégio Estadual Paulo VI, Paulo de Tarso também teve o benefício cortado. Porém, diferente de Tatiana, os valores foram devolvidos neste mês de março em folha de pagamento especial.
“Meu benefício e o de vários Professores da unidade também já foi devolvido. Assim que tivemos os valores confiscados, acionamos a APLB que prontamente nos atendeu e correu atrás junto com a gente e estamos tendo uma resposta positiva do retorno desse benefício”, acrescentou Paulo de Tarso.
A dirigente sindical da APLB em Feira de Santana, Professora Marlede Oliveira (foto), esclareceu que o Governo, desde quando o Sindicato – por intermédio do Presidente Rui Oliveira em Salvador em reuniões com a Secretaria da Administração do Estado da Bahia (SAEB) – iniciou as mobilizações para o ressarcimento do benefício no Estado, começou a devolver os vencimentos descontados nas folhas de pagamento dos 500 Professores, mas que enquanto houver educadores sem receber os valores de volta, haverá manifestação e mobilização sindical. Hoje apenas 17 Professores em Feira de Santana ainda não foram ressarcidos do benefício de 30% do Difícil Acesso.
“A APLB tem força e fomos para a luta! Em 2012 fizemos uma greve no Estado de 115 dias onde conseguimos garantir o benefício do difícil acesso. Nada na lei mudou… segunda [07] foram devolvidos vencimentos de alguns Professores e hoje [10], de outra parcela de servidores. Mas ainda tem pessoas que não tiveram os valores ressarcidos. Se ficar um Professor sem receber, a luta e a pressão continuam”, afirmou Marlede Oliveira.
Entenda o caso:
Desde janeiro deste ano, do total de 6.000 Professores da rede estadual na Bahia, 500 tiveram o benefício de 30% referente ao Difícil Acesso cortado. Diante disso, a APLB Sindicato tem se manifestado em prol da garantia da lei estadual nº 8.261 que no artigo 75 garante o benefício de 30% adicional ao salário para Professores e Coordenadores Pedagógicos que atuam localidades de difícil acesso.