Há mais de dez anos sem expor obras do acervo permanente, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) atraiu dezenas de pessoas ao Casarão durante a abertura da exposição “O Modernismo Brasileiro e o viés baiano”, na noite de ontem (quinta-feira, 10).
“Essa mostra é a revelação da magnitude e importância desse acervo e da dinâmica do diretor, Zivé Giudice. É muito importante para a Bahia ter de volta o acervo do MAM-BA, com toda a sua riqueza e cultura”, afirmou o secretário de Cultura do Estado da Bahia, Jorge Portugal.
A exposição fica em cartaz até o dia 17 de abril. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça a domingo, das 13h às 18h, no pavimento térreo do Casarão do MAM-BA.
A importância da retomada das obras permanentes do MAM-BA às salas expositivas foi o marco da abertura do evento, sendo ressaltada por artistas e público. “Eu não consigo imaginar um uso melhor para essas obras-primas da nossa história, dos nossos grandes artistas, da história do modernismo. Zivé conseguiu fazer uma exposição que agora está viva e ao alcance do grande público. Aconselho e recomendo que as pessoas visitem para poder saborear a história de cada uma dessas obras e cada um desses artistas”, declarou o artista visual Bel Borba.
A Camerata a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) composta pelos músicos Solamy Oliveira (clarinete), Gustavo Seal (oboé), Ilza Cruz (fagote), Adelson Silva (trompa), Antonio Carlos Portela (flauta) e Humberto Monteiro (percussão) fez uma apresentação com repertório composto por canções de Heitor Villa-Lobos e Raphael Baptista.
De acordo com o artista plástico e crítico de arte, César Romero, “essa exposição é extremamente oportuna, por que faz parte do acervo do MAM-BA e Zivé resolveu reunir o que nós temos e o que a Bahia tem para fazer esse recorte do Modernismo. Nós nos sentimos muito orgulhosos de ter uma parte do que aconteceu de bom na arte brasileira e ver de perto essas peças. Podemos mostrar para a população que nós temos cultura e que nós absorvemos cultura. São 26 peças fantásticas e é uma iniciativa extremamente boa”, elogia.
“As obras estão expostas num viés figurativo dos grandes artistas modernistas, dando visibilidade à coleção do museu. O público pode ter contato com parte do acervo, que durante muito tempo esteve guardado”, afirma Zivé Guidice, diretor do Museu de Arte Moderna da Bahia. Ao todo são 26 peças de artistas expressivos do período modernista da arte brasileira.
Obras de Cândido Portinari, Alfredo Volpi, Di Cavalcanti, Djanira Motta e Silva, Samson Flexor, Flávio de Carvalho, José Pancetti, Cícero Dias, Aldo Bonadei, Francisco Rebolo, Iberê Camargo, Burle Marx, Jenner Augusto, Mário Cravo Júnior, Genaro de Carvalho e Carybé estão reunidas na mostra. Destaque para a pintura “O Touro” (Boi na Floresta), de 1928, da artista paulista Tarsila do Amaral.
Fonte:Ascom/Mam
Fotos de Gess Alencar
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