Ventilador sem hélice, hélice de ventilador, duas pias,pedaço de cano com rosca, pedaço de cano sem rosca, chuveiro elétrico, chuveiro com cabo, chuveiro sem cabo..é impossível descrever o que você vê na foto pois imagine, ao vivo, em pleno sol de um domingo qualquer.
Estamos num dos setores mais diversificados da famosa Feirinha da Estação Nova, a maior feira livre da cidade de Feira de Santana e da Bahia.
Essas e outras mercadorias de todo tipo ocupam o chão de duas ruas próximas ao mercado de carnes que está provisoriamente num terreno enquanto a Prefeitura constrói um galpão.
O que existe, o grande galpão da Feirinha, foi uma vitória do pessoal das verduras. Uma multidão de feirantes e consumidores num vai-e-vem que só termina por volta das 18 horas, chova ou faça sol. Domingo é uma festa na Feirinha,e é como esse povo trabalha!
Nesse domingo que passou encontrei fazendo feira o repórter Ney Silva logo na entrada do galpão. O radialista Roberto Rubens é freguês de uma banca próxima à barraca de May Simpatia.
A barraca de May é um caso à parte.Localizada numa esquina com ampla visão do mundo em volta e uma gastronomia ensopada de madrugadas e trabalho, como diria o poeta Marcos Porto, de saudosa memória.
Eu sinto que todos ali estamos trabalhando. Como eu, que hoje tento estas linhas para descrever o que é e o que vi, todos estamos vendendo ou comprando alguma coisa.
A cerveja do marchante derrama a espuma que ele enxuga com o avental sanguinolento. O camarão está mais vermelho e a vendedora de verduras tem uma aliança no dedo direito.
E esse abridor de garrafas? Eu sei quem inventou, eu o conheci.Um dono de uma bodega no interior do Rio Grande do Norte. Eu era menino e lembro. Começou com pregos. A grande diferença dele para os outros é que não afeta a tampinha que pode ser reusada. Sebastião Batalha era o nome dele. Mas essa é outra história.
Por hoje é só.Boa semana a todos.