A poetisa Irma Amorim morreu em 24 de novembro de 2010. No ano anterior ela havia lançado o seu livro “Lenço Perfumado”, uma seleção de 74 poemas com apresentação do feirense César Romero, artista plástico e crítico de arte. Irma era professora de matemática, contabilista, odontóloga pela Universidade Federal da Bahia mas começou a fazer poesia na maturidade e “talvez, por isso mesmo, os seus versos delicados traduzam as emoções vividas ao longo de toda uma trajetória, um emaranhado de sentimentos e lembranças, que chegam de mansinho em forma de poesia”, escreve Romero. Viúva do festejado arquiteto Amélio Amorim, Irma teve, assim como o marido, destacada atuação na vida social e cultural de Feira de Santana. Após a morte de Amélio e a transformação do Complexo Carro de Boi no atual Centro de Cultura ela se transformou numa lutadora em prol da recuperação da antiga boate Jerimum ainda hoje em ruínas.Se chegar a ser recuperado, vai ser um “Teatro de Bolso”, me disse a professora em 2005.
– Porque ainda não foi recuperado?, perguntei.
Irma estampou aquele sorriso delicado como seus versos e resumiu, sucinta:
– Problema de Estado...
O problema continua sem solução até hoje.
Viúva de Amélio Amorim sonhava com um ‘Teatro de Bolso’ na boate Jerimum https://t.co/afBdprcFfu via @BLOGdaFEIRA
Seis anos da morte de Irma Amorim
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