A grama nunca mais viu água e os moradores das redondezas nunca mais viram luzes em torno da Lagoa Grande, em Feira de Santana.
Na Feira tem uma lagoa grande e bonita arrodeada de escuridão por todos os lados.
O Governo do Estado não inaugura e tem dificuldades para mantê-la embelezada e o Governo municipal através do próprio Prefeito, José Ronaldo, já disse que ‘não recebe a obra’ enquanto não forem concluídos todos os serviços de saneamento nos bairros do entorno.
Mesmo assim as pessoas passeiam no início da noite, a atravessam como caminho de ida e vinda dos afazeres do dia. Mas os equipamentos esportivos estão fechados, quadras de vôlei, basquete, etc. Sem iluminação não há atividade esportiva noturna, embora vez ou outra passe um corredor solitário aproveitando a brisa que corre também pelas margens.
Dizem que há um fedor horrível. Ouvi em rádios os famosos ‘expertises de microfone’. Circulei ela toda. Aquele casal que passa caminhando com crianças e animais de estimação não parecem preocupados, tampouco aquele pai que passa com a filhinha, garrafa d’água na mão, em direção a um dos bancos do ‘braço’ da Lagoa, um dos poucos locais que estava iluminado.
Quero não acreditar que há gente torcendo pelo insucesso da Lagoa Grande.
Quero não acreditar que haja gente querendo que ela seja rejeitada pela população, que se forme uma opinião coletiva contrária a ela, algo assim parecido com a histeria que trouxe o país à crise que vivemos.
Não vejo cartazes como ‘Aterrem a Lagoa Grande’, “Um estacionamento na Lagoa Grande”, “Fora Lagoa Grande”nas mãos de ‘gente bem’ em passeata patriótica ou municipalista para “derrubar a Lagoa Grande” e colocar outra, que pode ser a Lagoa Salgada….
Mas sei que tudo é possível nesses tempos…
Portanto, vivam as lagoas da Feira!