Quem for até a Lagoa Grande de Feira constata imediatamente duas coisas: o trabalho está inconcluso e o que foi feito não tem manutenção e, em alguns casos, nem utilidade. A decadência virá prematuramente.
Neste domingo pela manhã jovens ‘batiam baba’ num estacionamento onde próximo estão quadras e campos esportivos, todas gradeadas e com cadeados. Pelo chão, gramíneas sinalizam que ali não há uso.
Há pontos de entulhos à margem da larga rua que contorna a Lagoa e as calçadas são invadidas por capim gordura.
Entrei pela Buenos Aires (transversal da Getúlio Vargas) e lá na frente na rua Virgínia que sai na margem sul do lago.Mas já se pode entrar pelo lado do Anel do Contorno onde as manilhas que impediam a entrada foram afastadas dando lugar à passagem de um carro.
Nada parece ser definitivo na Lagoa Grande, tudo parece aguardar um finalmente, tudo é ‘meia boca’, há algo ainda a ser feito.
Assusta também nesses tempos ambientalistas a maneira como o projeto tratou o entorno da lagoa, as áreas ‘limpas’, canteiros entre a calçada e a pista de cooper , enfim, a revitalização da mata ciliar da lagoa.
Não deixa de ser muito bonito o espelho d’água. Há garças, há patolas, há pios de diferentes espécies de aves. Mas a Lagoa é para ser um Parque botânico para onde voltem também as aves migratórias tão comuns em outros tempos.