O secretário Edson Borges emitiu uma resposta à Carta Aberta publicada pelo Fórum Permanente de Cultura de Feira de Santana.
Leia na íntegra:
Alguns esclarecimentos a propósito da Carta Aberta publicada pelo Fórum Permanente de Cultura, sobre as eleições para o Conselho Municipal de Cultura:
1. Essas eleições foram adiadas duas vezes, a pedido de alguns integrantes do Fórum, sob a alegação de que não haveria tempo hábil para a mobilização no segmento. A primeira seria logo depois da Micareta, ou seja, em maio;
2. Não entendemos que haja uma “excessiva burocratização” na relação de documentos, que inclusive foi mais simplificada para a próxima eleição: não se exige mais fotografia, nem escolaridade mínima e flexibilizou-se a comprovação de que o candidato é realmente envolvido com o segmento cultural, apresentando um currículo OU uma declaração de alguma entidade cultural da sociedade civil. O que é exigido? RG, CPF, comprovação de que reside em Feira há pelo menos dois anos, certificado de antecedentes criminais, domicílio eleitoral e o currículo ou a declaração. Além disso, para facilitar as inscrições tivemos um plantão num sábado (dia 15), na secretaria, mas não apareceu absolutamente NENHUM candidato. Entendemos que a inscrição no dia da eleição não seria conveniente, em razão da conferência dos documentos, e acordamos a substituição desta proposta pelo plantão, com Elsimar Pondé, que concordou e ficou de levar a mudança para o Fórum. Ele me retornou afirmando que estava aprovado o plantão;
3. Não houve nenhuma personificação ou carta-convite para candidatos de minha parte. O que eu disse, e repito, é que tomei a iniciativa de manter contatos com várias figuras representativas da cultura feirense, estimulando-as a se envolver na eleição, a participar, e 99% me disseram “NÃO, NÃO TENHO TEMPO”. Não vejo nenhuma ilegalidade, nenhuma ilegitimidade, e muito menos cooptação (num segmento de pessoas tão esclarecidas e conscientes) o fato do secretário convidar, estimular, incentivar a participação no Conselho;
4. Em nenhum momento, eu sequer sinalizei tornar o Conselho menos representativo. Ao contrário, concordei plenamente com o pleito de ampliar em mais três cadeiras a participação da sociedade civil e, na última reunião, até me comprometi em ir à Câmara Municipal para conversar individualmente com os vereadores, para pedir que aprovem essa alteração na composição do Conselho;
5. Há controvérsias sobre a realização da 4ª Conferência Municipal antes da estadual e da nacional. Mas isto não é nenhum bicho de sete cabeças, pois entendo que podemos inclusive decidir, democraticamente, no sábado, se devemos ou não realizar a conferência. O mais urgente, no meu ponto de vista, é a eleição, compor novamente o Conselho, estabelecer algumas metas prementes, um calendário de reuniões, enfim, revigorar o conselho. Esta é a minha disposição, é a minha vontade, sem fugir de qualquer debate.
6. Por fim, com esses dois adiamentos da eleição, cremos que, pelo menos para o segmento cultural (que é o público-alvo), foi sim muito bem divulgada. Não vou transferir para ninguém a responsabilidade de mobilização, porque, repito, estou lidando com um segmento de pessoas conscientes, politizadas, cultas. Mas posso afirmar que senti uma grande desmobilização de todos aqueles que tomei a iniciativa de fazer o contato para fomentar o engajamento.
7. Reitero minha total disposição de revigorar o Conselho, realizar a 4ª Conferência e participar de qualquer debate proveitoso para a cultura de nosso município. Não apenas por obrigação do cargo, mas também pela minha formação influenciada por um pai poeta e artesão, bem como pelas relações naturais entre a minha labuta profissional como jornalista e o segmento cultural.
Edson Felloni Borges
Secretário de Cultura, Esporte e Lazer.