A Prefeitura de Feira de Santana disse em nota oficial que não existe artesão trabalhando no Centro de Abastecimento.
A nota contesta o movimento que se formou na cidade em defesa do Centro de Abastecimento ameaçado na sua integridade e no seu patrimônio cultural pela construção de um ‘shopping center’ no local.
Leia a nota na íntegra:
“NOTA DE ESCLARECIMENTO
Obra do Centro Comercial Popular é legal e não prejudica empresários de artesanato
Os empresários que usam espaços públicos para comercializar produtos de artesanato, em área do Centro de Abastecimento de Feira de Santana, não estão sendo prejudicados em sua atividade, em razão da construção do Centro Comercial Popular.
Em verdade não são artesãos. Não existe produção de artesanato no Centro de Abastecimento. São empresários, alguns, inclusive mantendo lojas fechadas, servindo de depósito para o seu material, vendido para várias regiões da Bahia e outros estados.
O Goveno considera importante a venda de artesanato no Centro de Abastecimento. Por isso está oferecendo espaço estruturado no Centro Comercial Popular para o setor. É importante lembrar que os lojistas podem manter o seu negócio no Centro Comercial Popular que fica em área anexa ao próprio Centro de Abastecimento. Caso prefiram, está sendo disponibilizado um prédio, próximo, como alternativa para que ali promovam o seu negócio.
Portanto, a administração municipal respeita essa atividade comercial, mas não pode ser empecilho para um projeto maior, que ao mesmo tempo solucionará o crônico problema de desordenamento do comércio central da cidade, que beneficiará a toda a população, e revitalizará o Centro de Abastecimento, atraindo muito mais consumidores para os que ali investem.
O imaterial, alí, não é absolutamente a atividade empresarial.
O Centro de Abastecimento seguirá, com todo o seu significado comercial e histórico. Não existe qualquer ameaça a este entreposto comercial de grande tradição, assim como não há nenhuma decisão judicial ou do IPAC que impeça a realização da obra. Para executa-la, o Governo Municipal vem atuando desde a concepção do projeto e da celebração de uma Parceria Público-Privada com toda a cautela possível.
Várias reuniões e audiências públicas foram realizadas com todos os interessados no assunto. Entidades que representam o comércio, em todos os níveis, foram consultadas e aprovaram o investimento.
Para realizar as intervenções, os empresários do setor de artesanato foram notificados e tiveram opções e prazo para adequar temporariamente a sua atividade, tudo, rigorosamente, dentro dos princípios legais”