Essa praça tem nome oficial de um Coronel do passado imortalizado nesse busto de bronze à esquerda da foto mas na boca-do-povo é Praça do Lambe-Lambe.
Em Feira de Santana, na Bahia, como em todas cidades, os ‘coronéis’ mandaram e ainda têm seu mando, mas o povo sempre foi muito mais independente dessas amarras familistas, ou oligárquicas, do que em outros lugares nordestinos.
É o temperamento do comércio, do varejo, da feira livre que dá esse componente à cidade.
A insurgência contra o ‘formal e o legal’ é parte desse caráter dessa encruzilhada onde nasceu a cidade.
Os exemplos são muitos e não posso deixar de citar o mais clássico: a rebeldia de Lucas, o escravo fugido, cangaceiro quilombola, que marca a história da Feira.
Feira não é uma cidade ‘normal’.