Depois de passar dois anos fechado em uma lenta obra de reforma, o Mercado de Arte Popular de Feira de Santana, o MAP, foi reaberto com um vigor nunca visto antes.
Entregue a administração a uma nova Associação de permissionários, já que a anterior (embora ainda existente) estava sem condições jurídicas e creditícias de comandar o equipamento, o Mercado passou a viver uma nova fase onde os eventos e a abertura à cultura local são as principais motivações.
A ArtMap, a nova associação, abriu um amplo canal de diálogo e promoção com grupos e artistas locais, criando um calendário de eventos que trouxe de volta ao MAP os consumidores e frequentadores antes desmotivados.
Mas os conflitos provocados por intervenções pouco habilidosas do secretário Borges Júnior começaram a crescer.
Recentemente, essas discordâncias entre os métodos da ArtMap e os aplicados pelo secretário municipal de Desenvolvimento Econômico (a quem o MAP é vinculado) começaram a se tornar públicos.
Dirigentes da Associação e mesmo comerciantes começaram a se queixar publicamente de reuniões paralelas com permissionários, ‘truculência e joguinhos políticos’ do secretário Borges Júnior, conhecido na administração de Feira (onde já está há cerca de 20 anos) pelo temperamento afobado e estilo ‘trator’.
A crise se acirrou neste final de ano, depois que o Secretário anunciou em uma das reuniões que ‘o comando do MAP’ é dele e que todos os eventos ali realizados passarão agora pelo seu ‘crivo’.
A expectativa entre comerciantes e permissionários é de que a ArtMap vá ser preterida da administração e que um novo organograma seja montado para a o Mercado.
Mirando-se no exemplo do que acontece com o Centro de Abastecimento há quem desconfie de que a Prefeitura tem ‘planos mirabolantes’ para o MAP e que envolvem também os chineses…