Como ocorre tradicionalmente neste período, o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM) e seu histórico opositor, o deputado José Neto (PT), ocuparam os microfones de rádios e espaços da imprensa escrita para fazer os ‘balanços’ de suas atividades no decorrer do ano que se finda.
Comparando-se as intervenções dos dois, o que ficou evidente foi uma profunda diferença de estilo e abordagens.
Enquanto o Prefeito concentrou seu foco nas ações de governo, com raras passagens sobre a política partidária, o deputado ‘centrou fogo’ na crítica política ao seu opositor.
Claro que as atribuições de um deputado e as de um chefe do Executivo são essencialmente diferenciadas, mas a insistência do deputado em ‘desconstruir’ a administração de Ronaldo, lembrando fatos e episódios municipais ao longo do ano, chamou a atenção.
O deputado esqueceu o ‘mandato de luta'(que incluiria as ações da liderança de governo estadual que ele exerce) e se concentrou na ‘luta’ provinciana contra o Prefeito. Não pareceu uma estratégia de quem pretende ser um deputado federal.
Já Ronaldo, na certa propositadamente, praticamente ignorou a oposição e manteve o foco no que fez e no que pretende fazer. Ou seja, não saiu do roteiro certo de quem pretende alçar vôo para uma liderança no plano federal.