O final de semana político na Feira de Santana foi movimentado. Na sexta-feira (14) o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM) finalmente anunciou seu apoio à reeleição do atual prefeito, Colbert Martins Filho (MDB). O anúncio – aguardado com ansiedade pela gente que acompanha a política local – aconteceu numa transmissão por uma rede social. Não foram poucas as especulações, ao longo do ano, de que o ex-prefeito poderia não chancelar a recandidatura do atual prefeito.
Hoje (16) pela manhã, o deputado federal José Neto (PT) lançou o seu Programa de Governo Participativo. Com a iniciativa, imagina-se que o candidato pretende, além de consultar a sociedade para elaborar o plano, mobilizar a militância petista e os simpatizantes de sua candidatura. O senador Jaques Wagner (PT) e o governador Rui Costa (PT) prestigiaram o evento virtual.
Também pré-candidato à prefeitura e vereador por sete mandatos, Roberto Tourinho (PSB) anunciou em meados da semana seu vice: o ex-deputado e ex-vereador Ângelo Almeida, que é da mesma legenda. Entre os postulantes à cadeira de prefeito ele foi o primeiro a formalizar o nome do vice. Herdeiro político do ex-prefeito José Falcão, Tourinho sempre se destacou ao longo dos mandatos que exerceu no Legislativo.
Até aqui, só o apoio declarado pelo deputado estadual Targino Machado (DEM) à candidatura do radialista Carlos Geilson (Podemos) havia sacudido o torpor desse período de pré-campanha. Desde meados da semana passada começaram as novidades. Basicamente, há quatro candidaturas confirmadas até o momento. São exatamente os responsáveis pela movimentação mencionada acima.
A Feira de Santana voltará a decidir sua eleição para prefeito em dois turnos? Muita gente que acompanha atentamente a política local aposta que sim. Caso a aposta se confirme nas urnas, será um fato pouco comum na realidade política feirense. Afinal, só em 1996 houve decisão no segundo turno. Naquela ocasião, José Falcão venceu Josué Mello. Desde então, todas as faturas foram liquidadas no primeiro turno. Quatro dessas vitórias foram do ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho.
A grande questão é que não há nenhuma pesquisa recente para balizar opiniões. Imagino que as legendas estejam fazendo sondagens por telefone. Mas são levantamentos imprecisos, pouco mais confiáveis que uma enquete. As limitações impostas pela pandemia da Covid-19, obviamente, tornam mais difíceis as pesquisas, que exigem método e recursos. As demais sondagens, no máximo, auscultam os humores do eleitorado.
A partir daqui as novidades no cenário político devem se intensificar. Afinal, a fase de convenções partidárias se aproxima. As demais candidaturas lançadas já há bastante tempo na Feira de Santana vão se confirmar? É necessário aguardar as convenções, muitas desistências ocorrem às vésperas do prazo final. Não falta quem blefe lançando candidatura para ganhar projeção e há quem recue depois de constatar que tem poucas chances. É um movimento natural, que ocorre em toda eleição.
Certo mesmo é que as limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus vão tornar as eleições de 2020 a mais incomum das últimas décadas…
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