A cesta básica de Feira de Santana registrou elevação de 5,04% no mês de outubro em relação ao valor obtido no mês anterior. Trata-se do maior valor da série calculada até então e a primeira vez que esse custo ultrapassa a marca das quatro centenas de reais. Com o valor de R$ 408,37, o cidadão feirense precisou despender ainda mais da sua renda para comprar os doze produtos básicos: açúcar, arroz, banana-da-prata, café, carne, feijão, farinha, leite, manteiga, óleo, pão e tomate. Segundo a equipe de professores e alunos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que trabalha no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica de Feira de Santana e indicadores socioeconômicos”, o incremento verificado está dentro do esperado, considerando a elevação dos preços dos produtos essenciais, conforme indicam os principais índices de preços do país. Dentre os produtos pesquisados, dez apresentaram preços médios superiores no mês de outubro, quando contrapostos aos preços do mês anterior. Os produtos vilões da alta foram o tomate e a banana-da-prata, que tiveram seus preços médios elevados em 20,76% e 12,73%, respectivamente, nesse mês.
Também foram observados preços majorados no arroz, café, feijão, farinha, leite, manteiga, óleo e pão. As maiores altas, excluindo-se os dois casos tratados acima, foram o óleo (5,92%), a manteiga (4,97%), o arroz (4,75%), a farinha (4,16%) e o leite (4,03%). Os demais produtos que apresentaram alta tiveram seus preços majorados em patamar inferior aos 4%. O açúcar e a carne foram os únicos produtos que exibiram preços médios inferiores no mês de outubro em relação ao observado no mês anterior. O açúcar teve seu preço médio reduzido em 7,67% e a carne, em 0,46%.
No último trimestre, o custo da cesta básica teve seu preço elevado em 10,22%. O óleo, de soja um produto de pequena participação relativa na composição do valor da cesta, foi o que apresentou a maior elevação percentual no período: 75,18%. Já no acumulado do ano, o aumento do custo da cesta alcançou 25,65%. E, mais uma vez, o maior incremento percentual foi do óleo de soja, em 91,15%.
O custo do almoço do feirense, composto pelos produtos básicos arroz, feijão e carne, respondeu por 40,09% do valor da cesta básica de outubro. Já os quatros alimentos em geral dispostos na mesa do café da manhã, pão, manteiga, café e leite, representaram 29,95% da mesma cesta.
Quanto ao comprometimento do valor da cesta básica no salário mínimo líquido vigente em outubro de R$ 966,63 (valor obtido após os descontos previdenciários que incidem sobre o valor bruto), constata-se um percentual de 42,25%. Trata-se de um comprometimento maior que o calculado em setembro (40,22%), refletindo o incremento observado no valor da cesta básica.
Para a compra da cesta, o trabalhador que recebe o salário mínimo precisou despender 92 horas e 56 minutos do seu tempo de trabalho. Trata-se de um tempo de trabalho necessário para aquisição da cesta básica superior ao calculado no mês de setembro em cerca de quatro horas e meia.