“Haverá outras reuniões e eu estarei lá, quero ver se ele tem coragem de me expulsar”. O desafio está sendo feito pelo vereador Edvaldo Lima (PSB), ao presidente do Consórcio Feira Popular, Elias Tergilene, responsável pela gestão do Shopping Popular, onde estão sendo abrigados os vendedores ambulantes que se encontravam espalhados pelas ruas do centro de Feira de Santana.
Em pronunciamento na Câmara, Edvaldo se referiu à atitude do empresário, que esta semana cerceou a palavra do vereador Luiz da Feira (PROS) em um encontro com camelôs para discutir assuntos relacionados ao entreposto.
“Esse empresário chegou a expulsar o nosso colega da reunião, mesmo sendo Luiz um vereador e também vendedor que tem um boxe no Shopping. Eu pagaria pra ver se faria isso com o vereador Edvaldo Lima. Teria que me matar para isto acontecer”, afirmou, indignado.
Ele é o autor de uma Moção de Repúdio aprovada por unanimidade pela Câmara, recentemente, contra Tergilene em razão do desrespeito cometido a Luiz da Feira. Na ocasião, considerou ter havido “desrespeito total” a uma autoridade municipal por parte de um empresário que “chega em Feira de Santana e quer passar por cima de todos”.
Vereadores criticam o Shopping Popular
Para o vereador Eli Ribeiro (Reublicanos), o prefeito Colbert Martins Filho e o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Antonio Carlos Borges Júnior, devem fiscalizar o cumprimento do contrato do Shopping Popular por parte de Elias Tergilene.
Eli também questiona sobre a ausência das escadas rolantes e elevadores que estavam previstos no documento, mas ainda não foram instalados no entreposto. “Não tinha que ter escada? elevador? Cadê esse contrato? Eu acredito que tenha que haver uma fiscalização por parte da Prefeitura. O que eu vejo é a insatisfação das pessoas com o Shopping Popular, nem parece que ele é do povo”.
O vereador Luiz da Feira já cobrou na Câmara que a Prefeitura faça valer um decreto por ela publicado que estipula a taxa de condomínio do Shopping em R$ 28 por metro quadrado de cada boxe. Segundo ele, Tergilene atropelou a decisão governamental e está exigindo R$ 40 dos camelôs.
Lembrou que o empreendimento seria inaugurado com escada rolante, elevador, agência bancária e Lotérica funcionando, o que não aconteceu. Segundo ele, o local deveria ser destinado aos vendedores ambulantes da cidade mas tornou-se um empreendimento particular. “O empresário cresceu o olho. Eram 1.800 boxes e 30 lojas âncoras. Ele fez, destas, mais 2.200 pontos para vender”.
Tourinho diz que vendedores devem acionar justiça contra Shopping Popular