Numa contagem aleatória e rápida dentro do Shopping Popular pode-se perceber que não é pequena a quantidade de lojas ainda fechadas naquele polêmico empreendimento que ocupou quase metade da área do Centro de Abastecimento. De cada cinco lojas, uma média de duas estão fechadas.
Gigantesco, com quase duas mil lojas, com amplo estacionamento ainda gratuito, e mais dois galpões (das Farinhas e da Carne) integrados, mas mesmo assim o shopping parece não atrair mais gente do que normalmente atraía o Centro sem o equipamento. “Ninguém desce pra cá”, resumiu um comerciante.
A passarela de pedestres que liga o shopping ao Terminal Central, uma das grandes esperanças de atrair um fluxo maior de pessoas, vive vazia. Como tradição feirense, pouquíssimos usam a passarela. Resultado, aquele lado do shopping na avenida Olímpio Vital, também chamada pelos comerciantes de “o buracão”, praticamente vive às moscas.
Os relatos dos comerciantes são catastróficos. Sentados, ocupados com celular ou outra coisa, o ócio dos vendedores está por todas as lojas. Não há dados confiáveis (o Condomínio não fornece estatística) mas o que se comenta é que mais de 100 lojas já fecharam e uma quantidade maior não consegue pagar as taxas e condomínios cobrados pela empresa que administra a Parceria Público Privada.
Com o fracasso batendo às portas, a Prefeitura de Feira de Santana formou ontem uma comissão com secretários municipais para “acompanhar o problema que se agrava à medida que o tempo passa.