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Jolivaldo Freitas
segunda-feira, 5 de abril de 2021 / Publicado em Colunistas, Home, Política

O desvario federal, estadual e municipal

O que o tempo de pandemia – que vem passando lentamente e destruindo vidas pelo caminho – tem servido para mostrar é que tanto como na estratégia de uma batalha, assim como na luta contra a Covid-19, quem erra morre ou fica sequelado ou mesmo desmoralizado. Senão vejamos o que vem acontecendo com o presidente Jair Bolsonaro, que nesta sua nova fase pós-Fachin a favor de Lula, mudou de atitude, mas mesmo assim, com todo esforço de marketing e ajuda de personal de mídia trainning, não tem como afastar o espectro das mais de 310 mil vidas ceifadas do seu acervo de bobagens, atitudes toscas ou irresponsáveis.

O que parece e tem quem tenha certeza, é que o neo-Jair é mero personagem que criaram para ele. Não se trata mais daquele que estava levando a pandemia na gozação, no escárnio, na total momice. O Bolsonaro que surgiu depois da “aparição” de Lula chega a ser estranho, mas como digo, muitos garantem que ele foi enquadrado pelos militares. Ou foi abduzido e devolvido mais descoincidente do que nunca.

Com sua escolha de Marcelo Queiroga para substituir o defenestrado – e já foi tarde – e desmoralizado Pazzuello, é como se Bolsonaro tivesse sofrido uma espécie de impeachment dentro do processo de combate a Covid. O ministro – que é amigo da família do presidente – chegou com uma postura nova, que vai de encontro ao preconizado pelo líder federal. Usa máscaras, pede distanciamento social e que lavem as mãos, use o álcool gel. Onde é que se viu em semanas anteriores essa atitude e com Bolsonaro estando quieto, calado. Também serviu para que mudasse de atitude política e pessoal, os números das pesquisas feitas tanto por veículos de direita, de centro e de esquerda ou dos mais sérios, os democráticos, revelando que a cada dia a simpatia do seu eleitorado por ele cai e que a maior parte da população já entende que, sim, o presidente é responsável pelo nível da tragédia que assola o Brasil.

Mas não é somente na seara de Bolsonaro que estamos vendo que os erros estão sendo cobrados agora, trazendo do passado o detrito acumulado. O governador do Amazonas mandou abrir o comércio e foi o que foi. Em Santa Catarina a situação ruiu, lugar onde o prefeito insistia tanto no uso do Kit-Covid. Aqui no Rio de Janeiro diversos prefeitos adotando a mesma política. E também evitando a qualquer custo, indo de encontro ao preconizado pelos cientistas, de fazer o toque de recolher ou mesmo o lockdown. O mesmo ocorrendo por exemplo em Roraima. Com o prefeito de Porto Alegre, onde foi preciso a justiça botar ordem pois o homem teima em deixar tudo aberto. Da Bahia conto um caso drástico e um hilário – perdoe o humor na hora errada: 1 – O prefeito de Vitória da Conquista terceira cidade em tamanho e economia do estado, lá atrás decidiu dar para a população kit-Covid. Tomou-os remédios que a OMS disse que não tomasse, que não fosse na onda de Bolsonaro. Também deixou de obedecer à determinação do governador de fazer o toque de recolher, de impedir o funcionamento do comércio não essencial. Infelizmente ele pegou Covid, ficou internado semanas e veio a falecer.

E a parte engraçada – e isso podia ser engraçado se não fosse trágico, perdoe – o prefeito de Feira de Santana, a segunda maior cidade da Bahia, Colbert Martins, deu na cabeça der ir de encontro ao decreto estadual que impedia a abertura do comércio. Mandou abrir. Horas depois pedia ao governo a ampliação no número de leitos de UTI. Como é que se pode entender a cabeça de um político de tal nível não se sabe. Tempos de Bolsonaro.

Também na Bahia, em Teixeira de Freitas, o prefeito decidiu dar literalmente uma de macho e chamou as autoridades para a porrada por que estavam recolhendo o seu kit Covid. Também não acatou toque de recolher e muito menos mandou fechar o comércio. O município a seguir pediu socorro por que cem por cento dos leitos de UTI estava tomados e o drama se ampliava com várias mortes. Enquanto isso por mais que se amplie o número de leitos, menos se tem para oferecer e já tem gente morrendo dentro de ambulâncias e nas portas dos hospitais. Agora se ouve o grito de dor das vítimas reverberando nas ruas. E do outro lado da rua prefeitos e empresários protestando contra o lockdown. A morte à espreita.

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Jolivaldo Freitas
Escritor e jornalista. Autor dos livros “Vulgar”, “Baianidade” e “Histórias e Folclore da Avenida Sete”.
jolivaldo.freitas@yahoo.com.br
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